quarta-feira, 15 de maio de 2013

Mais uma trama diretamente enviada para o seu e-mail

Se você chorou, vibrou e se emocionou com a JEITOSINHA, não perca a próxima novela da rede!

Em Junho, de Segunda a Sexta, aqui, nos Arautos da Arte!

terça-feira, 30 de abril de 2013

Jeitosinha - Cap. XXXIX

Jeitosinha -
Cap. XXXIX

E foi Assim...

- UAU Adenaíra! Você passou por tudo isso e eu nem estava lá para te dar a mão... 
- Passou e eu estou ótima agora. Falei com a mamãe, ela disse que posso voltar pra casa. Seremos uma família de verdade!
As duas se abraçaram com os olhos marejados de alegria, porém Jeitosinha se esquivou cabisbaixa.
- Que foi Jeitosinha?
- Tive uma surpresa hoje e tomei uma decisão: essa foi a última vez que subi esses degraus, a ultima vez que sentei nesse sofá - disse por fim alisando o tecido.
- É sério isso? Mas por quê?
- Não tenho mais motivos para ser feliz sem o Thiago. Meu mundo acabou, por isso preciso refazê-lo. É isso que vou fazer! Foi muito bom te ver, mas preciso aprontar minhas coisas. - disse isso, abraçou a irmã.
Jeitosinha caminhou até o quarto olhando cada detalhe dos porta-retratos, as paredes, as cores, tentando gravar na memória tudo o que havia vivido ali.
Finalmente em frente a porta do seu quarto olhou fixamente para o pequeno enfeite que indicava que aquele é um quarto de uma garotinha. Jeitosinha tinha aquele enfeite desde seu primeiro ano de vida.
Retirou-o da porta, abraçou-o contra o peito, respirou fundo e girou a maçaneta.

Ao abrir a porta, sentiu um empurrão e caiu de joelhos:
- AI!
- Você não sai daí enquanto não se resolver com ele.
- Ele quem? - e ao perguntar, olhou para cima e viu a imagem de um homem em frente a janela. - Thiago?
- Oi Jeitosinha. - respondeu o rapaz.
Jeitosinha respirou fundo, contendo a emoção de ter seu amado tão perto e tão longe.
- O que está fazendo aqui?
- Eu... eu...
- Eu vi Thiago! - interrompeu a jovem - Ninguém me contou! Eu vi!
- Eu posso explicar...
- Explicar como? Eu vi!
- Me escuta por favor?
Jeitosinha cruzou os braços e ficou batendo o pé impacientemente no chão.
- Só adianto que não vai mudar nada! Estou decidida!
- Ok...Depois de tudo que aconteceu entre nós, todas as revelações, eu fui até o bordel para tentar descobrir a minha real natureza. A noite foi terrível. Chorei muito, tive o prazer da carne, mas faltava algo, o mais importante, você...
Os olhos de Jeitosinha se encheram de lágrimas no mesmo instante, lembrando do que Katia Trovoada havia contado.
- Bom... depois de tudo que aconteceu com a gente. Eu estava pronto para partir desta vida, já que não teria mais você nela. Peguei a arma e, em pânico, apertei o gatilho. Só lembro de ter um sonho estranho, com seu rosto, rodeado por pênis: vários tamanhos, grossuras e cores. Acordei em uma sala toda branca e achei que ali fosse o céu - mas não era - eu fui parar no hospital.
Ao meu lado, para minha surpresa, uma moça loira, linda, adormecia. Por um breve instante pensei que fosse você e entrei em pânico. Gritei seu nome e o médico veio me contar que era a Adenaíra.
- O Que?
- Adenaíra foi fazer a cirurgia para troca de sexo, mas houve complicações. Ela quase desistiu, mas eu a ajudei a lutar pela vida. Devia haver algum sentido para que aquela bala tivesse passado de raspão. E há um sentido...
- E então... a loira do apê...
- Sim Jeitosinha... era eu - disse Adenaíra, abrindo a porta.
- Então vocês dois... ?
- Não. - respondeu a irmã - nunca tivemos nada. Thiago ficou do meu lado o tempo todo e quando finalmente estava curada, ele me levou para seu apartamento. Tentamos ter uma vida juntos, eu tentei de todas as formas construir um lar, mas o Thiago não tira você da cabeça! Foi quando conversamos e colocamos um fim nessa história e eu lhe pedi um beijo de despedida...
- E essa foi a hora que eu apareci...
O silêncio pairou pelo ar por alguns instantes.
Enquanto juntava as peças em sua cabeça, um sorriso surgia nos lábios da moça.
- Jeitosinha, mas... e a história do Bordel? - disse Thiago encabulado
- Não há! Não há história! Sou sua Jeitosinha! Jamais fui tocada por outro homem que não você!
(É claro que àquela altura do campeonato, falar sobre Laura Croft era perfeitamente dispensável. Aliás, ela era uma mulher...)
- Não pode ser ... Eu vi você naquele local deplorável!
- Eu vinha sendo chantageada por Arlindo... Mas não cheguei a entrar em ação! É uma longa história meu amor... - Jeitosinha se aproximou mais de seu amado.
Thiago começou a se despir de sua casca de rancor.
- Eu... eu também só fui lá naquele dia porque...
- Eu já sei... Esqueça, Thiago... Não diga nada... Apenas me beije!

Cabisbaixa, Adenaíra deixou o quarto de Jeitosinha e seguiu a esmo pelas ruas escuras da cidade.
Jeitosinha e seu homem se amaram loucamente, como estavam predestinados a fazer por muitos e muitos anos.

Não muito longe dali, uma nave espacial alienígena pousava no matagal.
- Porque voltamos, chefe? - Perguntou uma das criaturas verdes.
- Veja com seus próprios olhos! Compramos gato por lebre!
O ET entregou ao colega um exemplar de uma popular revista de mulher pelada.
- Ué... Aquela moça que trouxemos à nave tinha um detalhe a mais...
- Claro! Era um homem disfarçado!
- Como o senhor descobriu?
- Bem, já tínhamos até saído desta galáxia quando resolvi folhear umas revistas que levei de recordação deste planetinha atrasado. Foi aí que me deparei com estas fotos de mulheres nuas e percebi tudo: as fêmeas daqui são, aparentemente, exatamente como as nossas! Tudo indica que estão prontas para reproduzir nossos filhos!
- Que beleza, chefe! O que faremos?
- O óbvio: pegaremos uma outra mulher, nos certificaremos de que ela não tem nenhum complemento indesejável e voltaremos às nossas experiências!
- Então aproveita, chefe... - disse um dos homens verdes, olhando pela escotilha - Vem uma gatona ali!

E foi assim que Adenaíra acabou nas mãos dos extraterrestres. Por mais que os cientistas do outro mundo se esforçassem, continuariam sem entender o mecanismo de reprodução dos humanos.
Adenaíra nunca mais foi vista. E como Jeitosinha preferiu guardar segredo sobre sua experiência com os Ets, o planeta Terra nunca soube que duas irmãs, numa surpreendente manobra do destino, acabaram
salvando a humanidade.

Hoje, quem vê na missa dominical Jeitosinha e Thiago, com suas lindas crianças adotadas, nem imagina que por trás daquela aparente normalidade repousa um segredo e uma história surpreendente.

E se você acha que os homenzinhos verdes são a parte mais absurda desta saga, é porque não viram Jeitosinha e Thiago em seus momentos de intimidade...

FIM

Infelizmente a nossa novela chegou ao fim... 
Este foi o último capítulo da novela online de maior audiência do todos os tempos... ops acho que ela é a única por aqui até hoje né?
rs

Beijos!

Bons Ventos!

(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Jeitosinha - Cap. XXXVIII


Capítulo XXXVIII
Reencontro

- Será que vai dar certo Adenaíra?
- Confie em mim, vai dar certo sim, Jeitosinha nem viu que era eu que você estava beijando. Fica tranquilo. Mas... você está pronto para perdoá-la?
- Não sei, mas precisamos conversar de qualquer forma, deixar as coisas às claras e eu preciso olhar em seus olhos e ver se ainda há amor neles.
- Ai que lindo! Então pra começar, preciso fazer uma ligação... Alô... Sim sou eu, Adenaíra. Antigo Adenair. Tudo bem?... Preciso muito ver você, muito mesmo e tem que ser hoje... Sim!... Perfeito! ... Ah não A-CRE-DI-TO! Você fez mesmo isso???... Você é demais! (o som das vozes vai baixando, só pra deixar um mistério ainda maior no ar, afinal a novela está acabando né? Precisa ter suspense).

Jeitosinha vagou por toda a cidade, caminhando sem pressa. Parou em uma praça, onde avistou um casal de namorados que se olhavam e riam, trocando carícias. Ficou a observá-los por um instante. Para eles o mundo parecia não existir, eram apenas os dois, somente os dois, pois não precisavam de mais ninguém, para serem felizes.
Desviou o olhar e parou novamente. Desta vez avistou mãe e filha dividindo um sorvete, sentadas numa lanchonete. Com as mãos sobre o ventre imaginou que tudo seria diferente se ela, simplesmente tivesse nascido mulher.
As mãos passaram do ventre para o rosto e em prantos, tomou uma decisão:
- Chega de humilhação! Agora sou eu que mando no meu destino! O treinamento acabou!
Decidida, Jeitosinha levantou-se, secou as lágrimas e seguiu em frente! Desviando das árvores que pertencem à praça, claro.

Ao chegar em frente à sua casa, Jeitosinha demorou-se um pouco. Queria olhar bem e pela última vez para a fachada da casa onde passou toda a sua vida de mentiras e onde ela própria fez vingança com suas mãos.
Subiu cada degrau, guardando na lembrança que aquela seria a última subida.
Colocou a mão na maçaneta e virou.
A porta se abriu e Jeitosinha assustou-se ao ver uma mulher linda, loira, muito parecida com ela própria.
A moça estava de costas, olhando uma fotografia de família.

- Quanta história guardada nessas fotografias, não é mesmo? Veja esta: os olhos aflitos de cada um de nós, até mesmo em seu rosto, por trás do sorriso, é possível ver o pavor que o velho provocava. Felizmente acabou. E podemos realizar nossos sonhos, sermos felizes.
Os olhos de Jeitosinha se enxeram de lágrimas e ela se sentiu culpada por não mais procurado a irmã.
- Adenaíra?
A moça virou-se revelando sua beleza. Jeitosinha correu e a abraçou. Após a sua tomada de decisão, achava que nunca mais veria sua família novamente.
- Adenaíra! Me perdoe!  Me perdoe!  Me perdoe! Eu não queria sumir desse jeito, mas tanta coisa foi acontecendo...
- Tudo bem Jeitosinha... está tudo bem!
- Mas me conta como estão as coisas?
- Menina! Senta aqui! Vou te contar TU-DO! Fui lá fazer a cirurgia, pelo SUS mesmo (novamente aquela hora em que o som desaparece... normal de fim de novela)

Mistério, Drama, Loucuras, SUS... não perca o próximo capítulo de JEITOSINHA


(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Jeitosinha - Cap. XXXVII


Capítulo XXXVII
Engano
Jeitosinha correu sem saber para onde iria. Na verdade ela nem queria saber, não queria ir para lugar algum, já que em lugar algum ela seria feliz.
Naquela tarde, enquanto Jeitosinha corria para os braços de seu amado, Thiago dava um ponto final em sua relação com Adenaíra. Foi uma longa conversa, que terminou num clima cordial.
- Não me leve a mal... Pensei que pudesse esquecer Jeitosinha, mas... É impossível. De alguma maneira, sinto que quando estou com ela tudo parece se encaixar...
- Se eu tivesse sabido antes não teria quebrado o pino do meu Lego. - lamentou Adenaíra - De qualquer forma, devo-lhe minha vida. Sou grata pelos dias que passamos juntos e pelos seus cuidados. Espero que um dia você e Jeitosinha possam voltar a se entender...
- Não creio ser possível...
- Que segredo você guarda sobre ela? Existe algo mais, além da particularidade anatômica?
- Não me force a dizer. Só lhe adianto que sua irmã não é quem parece ser...
- Tudo bem... As malas já estão na porta, creio que seja o momento de dizer adeus. Posso pedir só mais uma coisa?
- Claro que sim. – afirmou o rapaz
- Eu gostaria de um beijo. Um único e terno beijo para me lembrar da doce pessoa que você é e dos momentos que passamos juntos.
- um beijo?
- Sim, um único beijo.
- Claro que lhe dou.
E então se entregaram a um beijo longo, quente, molhado. Adenaíra estava com o peito em chamas com aquele tão sonhado beijo, guardando cada detalhe na memória. Enquanto Thiago imaginava ter em seus braços a sua amada...
Foi quando o barulho de um salto alto assustou o casal e Thiago correu para ver quem aparecera, porém conseguiu apenas ver a porta do elevador se fechando, Jeitosinha de costas e parte de seu rosto em prantos refletido no espelho...
- Jeitosinha! – ele gritou, mas nada pôde fazer. Correu até a janela e viu sua amada correndo, atravessando a rua... – Droga!
- o que houve? Quem era?
- Era Jeitosinha. Tenho certeza que viu o nosso beijo!
- Oh My God! Não acredito! Ela deve estar pensando que...
- Sim, ela deve estar achando que tenho outra pessoa na minha vida!
- E teria... – emendou Adenaíra. Thiago lhe lançou um olhar de raiva. – se quisesse, mas não é o caso.
Thiago andava de um lado para o outro tentando pensar no que fazer.
- Desculpe meu amor! Eu não sabia que isso iria acontecer!
- Não é culpa sua, a vida parece não gostar muito de mim... não é possível!
- Calma! Eu tenho um plano!
E este é o momento em que os personagens aparecem gesticulando, mas não há som algum e aí ficamos tentando imaginar qual seria o plano de Adenaíra... Imagine uma música ao fundo, estilo 007.

Será que Adenaíra conseguirá ajudar este casal a ficar bem?
Não estou afim de chegar ao fim dessa história, então não sei se o próximo será o último capítulo de JEITOSINHA!
Aguarde e verás...

(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves

quinta-feira, 25 de abril de 2013

JEITOSINHA - cap. XXXVI


JEITOSINHA
Capítulo XXXVI

E Esta é a história

- O que Thiago lhe disse de tão importante aquela noite? - Perguntou Jeitosinha, ansiosa, ao travesti Kátia Trovoada.
- Bom, menina... Ele chegou aqui todo sem gracinha. Estava bem bêbado, mas nem por isso perdeu a timidez...
- Sim... E então? - A loira mal controlava suas emoções.
- Então eu perguntei como ele queria, e coisa e tal... Ele me disse que era a sua primeira vez num lugar como esse, e provavelmente a última...
- O que mais?
- Bem, ele disse que não estava à vontade, mas que precisava se colocar a teste... Por amor.
- Ownnnnnnnnnnnnnnnn – as meninas em coro vibravam.
- Na ocasião não entendi nada, pensei que era coisa de bêbado, mas agora entendo...
Os olhos de Jeitosinha brilharam:
- Sim! Como não pensei nisso antes? Ele queria saber se conseguiria se adaptar ao meu estranho jeito de amá-lo!
- Ah, Santa... Carinha de quem estava se adaptando ele fez... - emendou Kátia, com um gesto afetado.
- Vou procurá-lo agora mesmo!
Jeitosinha foi procurá-lo, mas nem podia imaginar que Thiago havia construído um lar com seu ex-irmão, agora irmã, Adenaíra.
- Boa sorte Jeitosinha! – Disse Laura Croft lhe dando um último beijo de amor.
Aquela cena de duas “mulheres” lindas e de corpos exuberantes gerou uma grande salva de palmas.
- Eu sempre te amarei Jeitosinha! Seja Feliz! – e em câmera lenta, soltaram as mãos como nos romances de cinema.
Havia um táxi esperando Jeitosinha do lado de fora do Bordel.
- Vai com tudo Jeitosinha! Que eu sei que o bofe aguenta - disse Katia Trovoada. Jeitosinha sorriu animada com seu futuro repleto de noites quentes de amor.
Abrindo a porta do carro estava Madame Mary.
- Mamãe! Eu vou atrás da minha felicidade! Vou ser finalmente feliz com Thiago, meu grande amor!
- Sim filha! Está tudo caminhando bem! Sua vida de amarguras chegou ao fim! Seja feliz e venha me visitar sempre! Ainda tem muito o que aprender...
Jeitosinha entrou no carro e baixou o vidro acenando para suas novas amigas.
- Boa sorte jeitosinha! - Todas gritaram em coro.
- O senhor não consegue ir mais rápido? – disse Jeitosinha ao motorista, numa quase súplica.
- Em dia de parada gay, minha senhora? Quase impossível!
- É que estou ansiosa para rever meu grande amor!
- Para merecer uma moça tão bela, tem que ser um grande amor mesmo!
Jeitosinha sorriu encabulada com o elogio, mesmo com tudo o que passou, seus hormônios femininos a faziam corar ao receber elogios masculinos, pois ali tinha a confirmação de sua feminilidade.
Após duas horas no trânsito, finalmente o táxi estaciona em frente ao prédio de Thiago.
- É aqui senhora?
Jeitosinha olhou fixamente para a janela do apartamento. A luz estava acesa. A janela aberta faziam dançar as cortinas. “Sim, ele está em casa”, pensou.
- Senhora?
- Sim, é aqui. – disse a loira sem desgrudar os olhos do prédio.
- A senhora não vai entrar?
Jeitosinha não disse uma palavra.
- Veja bem. Se este é o amor da sua vida, vá atrás dele! Só se vive uma vez e se ele não aceitar de volta, ele é um maluco, pois qualquer homem largaria tudo para possuir uma linda loira, alta e gostosa como a senhora.
Jeitosinha se encheu se esperança. Pagou o valor do táxi e apertou a mão do motorista em agradecimento.
Desceu do carro, mas hesitou ainda na calçada por uns instantes, pensando no que dizer. Finalmente respirou fundo e deu o primeiro passo em direção a portaria.
O porteiro já conhecia a bela moça e nem anunciou sua chegada. Ela entrou no elevador, as mãos suavam por conta do nervosismo. A cada andar que o visor anunciava Jeitosinha repassava sua fala, afim de não errar nenhuma palavra. A porta do elevador se abriu e ela pôde ver a porta do apto aberta. Uma mala na entrada indicava que alguém chegara a pouco.
Jeitosinha aproximou-se, ainda repetindo sua frase, quando finalmente chegou a porta, calou-se. Ficou muda. Surda. Até seus pensamentos cessaram.
Thiago estava aos beijos com uma mulher linda, loira, muito parecida com ela própria.
Não suportando a dor, a nossa heroína correu em direção ao elevador, desejando nunca estar ali.
O barulho do seu salto assustou o casal e Thiago correu para ver quem aparecera, porém conseguiu apenas ver a porta do elevador se fechando, Jeitosinha de costas e parte de seu rosto em prantos refletido no espelho...
- Jeitosinha! – ele gritou, mas nada pôde fazer. Afinal aquele era o único elevador do prédio e descer 20 andares de escada não era assim uma atitude inteligente.
Thiago correu até a janela e viu sua amada correndo, atravessando a rua...

Será que essa história de amor teve um fim?
Veja no próximo e último capítulo de JEITOSINHA!
(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves

quarta-feira, 24 de abril de 2013

JEITOSINHA - Cap. XXXV


JEITOSINHA
Capítulo XXXV

Vida Nova
No capítulo anterior...
Jeitosinha descobriu que Madame Mary não tinha uma verruga enorme, não era homem, nem era o Thiago, mas sim sua própria mãe.
Jeitosinha percebeu que o bordel nunca fora seu lugar.
E que se estivesse com Thiago, tudo estaria perfeito em sua vida.

No final daquela tarde, Jeitosinha se despediu das colegas de bordel.
- Vou tirar um tempo para mim. Preciso repensar minha vida... Talvez volte a esta casa como auxiliar de mamãe, não sei... O importante é que fiz muitos amigos aqui...
Laura Croft chorava copiosamente.
- Está tudo acabado entre nós?
- Sim, Laura... Não adianta. Thiago é o meu único amor. Preciso esquecê-lo antes de poder recomeçar com outra pessoa...
- Mas e as nossas noites loucas de amor, luxúria, paixão...
- Laura, aprendi muito contigo e não esquecerei jamais! Mas preciso ir...
Laura pareceu entender. Tanto que deu a Jeitosinha um conselho bem prático:
- Se você o ama tanta, porque não tenta uma reaproximação? Tudo bem, ele pensa que você é uma de nós, mas você, em contrapartida, flagrou-o nos braços da Kátia Trovoada...
Kátia, o traveco moreno, alto, bem dotado que possuiu Thiago, espantou-se:
- Aquele era o seu bofe? Ih, menina... Você está sofrendo à toa...
- Como assim? - surpreendeu-se Jeitosinha.
E Kátia começou a narrar o diálogo que ela e Thiago tiveram antes do ato de amor...

Finalmente está acabando! Não perca o último capítulo... Amanhã tem mais!"

(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves

terça-feira, 23 de abril de 2013

JEITOSINHA - Cap. XXXIV


JEITOSINHA
Capítulo XXXIV

Surpresas
A mulher aproximou-se do fraco abajur que iluminava o escritório.
Nessa fração de segundo Jeitosinha pensou em um milhão e meio de possibilidades que encontraria por trás daquela máscara:
Será o Ambrósio?
Será que ela tem lepra?
Será que é um homem?
Ela pode ter barba?
Ou uma verruga bem grande.
Será uma idosa?
Será Adenaíra?
Será que é o Thiago?
A cada pergunta Jeitosinha se apavorava mais e mais...
Trinta e nove segundos se passaram e então, com lágrimas banhando o rosto, Madame Mary retirou sua máscara...
- Mamãe? É você! Não pode ser!
- Claro que sou eu, querida... Você acha que com o salário de contínuo do seu pai conseguiríamos criar sete filhos e ainda comprar pra você a coleção completa da Barbie?
- Então é por isso que o meu treinamento nunca terminou! Por isso que até agora não comecei a trabalhar vendendo esse lindo corpo. Você não queria prostituir a própria filha!
- Sim... Este foi apenas um dos muitos sacrifícios que fiz por você.
- Então...
- Fui eu quem joguei fora os restos mortais de Ambrósio e limpei a bagunça da sala... O telefonema e o bilhete falando da pescaria também foram invenções minhas.
- Então... Papai realmente havia morrido? - espantou-se.
- Sim! Só não me pergunte como ele voltou à vida. Talvez tenha sido um milagre dos céus para poupá-la, Jeitosinha. Você já havia sofrido demais, e aquele plano da serra-elétrica era simplesmente ridículo... Coisa de amadora né Filha? Vamos combinar! Você deixou suas digitais espalhadas pela casa inteira!
- Pois é... – admitiu Jeitosinha.
- O segundo crime foi muito mais requintado, e ainda puniu o chantagista do Arlindo! Quanto orgulho tive de você! Sua atuação foi impecável!
Jeitosinha abraçou a mãe, emocionada (Imagine uma música melosa, executada por um naipe de violinos...).
Finalmente, quase tudo parecia se encaixar. Era um novo tempo de recomeço.
Jeitosinha percebeu que o bordel nunca fora seu lugar. O que de fato a atraía era o magnetismo de Madame Mary, que não era ninguém menos que Marilena.
Não fosse a saudade que sentia de Thiago, tudo estaria perfeito em sua vida.
Finalmente está chegando ao fim!
Aguardem o próximo capítulo!
(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves

segunda-feira, 22 de abril de 2013

JEITOSINHA - últimos capítulos

Alguém sabe o que houve com a Jeitosinha???

Será que nossa heroína terá um final feliz?

Quem será Madame Mary?

E Thiago? Voltará para os braços de sua amada?

Qual será o fim de Adenaíra?

Aguardem os últimos capítulos de JEITOSINHA!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

JEITOSINHA - Cap. XXXIII


JEITOSINHA
Capítulo XXXIII

Algum tempo depois...

Alguns dias que se passaram desde a morte de Ambrósio. Adenaíra vinha se recuperando da infecção hospitalar. Thiago a levara para sua casa e a convivência era amigável. A moça se esforçava para transformar aquele apartamento de solteiro em um lar e o rapaz gostava de sua companhia. Mas não conseguia esquecer Jeitosinha e ainda sentia um, digamos, "vazio por dentro", se é que você me entende...
Como era de se esperar, os exames periciais confirmaram que tratava-se da letra de Ambrósio no bilhete. Provaram também que as digitais eram mesmo de Arlindo.
Impotente diante da armadilha armada pela irmã e diante das péssimas condições da carceragem, o rapaz simplesmente enlouqueceu.

Na casa de Jeitosinha todos se esforçavam para retomar as rotinas de suas vidas.
Adenaíra escrevera, contando da operação e de como estava feliz em sua nova condição. Omitira, entretanto, que era hóspede de Thiago.
No bordel de Madame Mary, Jeitosinha buscava superar a perda de seu amado nos braços de Laura Croft. O treinamento da loira continuava.
Na penumbra de seu escritório, a cafetina continuava instruindo Jeitosinha sobre os mistérios do amor e do sexo, mas ainda eram apenas aulas teóricas, o que já estava deixando nossa heroína impaciente.
- Às vezes sinto que a senhora, deliberadamente, está adiando minha estréia profissional - questionou um dia Jeitosinha.
Pela primeira vez, a sempre segura Madame Mary pareceu incomodada.
- Que bobagem, querida... Já lhe disse, tenho uma imagem a zelar... Tudo virá a seu tempo.
Jeitosinha vinha se abrindo cada vez mais com a patroa. Chegou a confessar o atentado com a serra-elétrica, o plano que incriminou Arlindo e o desejo de se vingar da mãe.
Madame Mary a tudo ouvia, sem emitir qualquer opinião. Naquela tarde, entretanto, encontrou Jeitosinha mais fragilizada do que de costume.
- O que houve, criança? - Perguntou a cafetina.
- Não sei o que está havendo comigo, Madame Mary... - Disse a loira, com a voz embargada - Talvez seja a falta de Thiago, ou o remorso por ter tirado a vida de meu pai... Mas o fato é que estou fraquejando. Começo a achar que talvez mamãe não seja assim tão culpada pelo meu destino.
Talvez seja a maior das vítimas, preservando um segredo por tantos anos apenas para poupar a todos da ira de Ambrósio.
- O que você quer dizer com isso? - perguntou Mary.
- Quero dizer que estou cansada de ódio e sofrimento. Vou buscar minha felicidade. E começarei procurando mamãe e dizendo que a perdôo...
- Não creio que você precise procurá-la... - disse Madame Mary, num tom de voz bastante familiar.
A mulher aproximou-se do fraco abajur que iluminava o escritório.
O que será que vai acontecer?
Aguardem o próximo capítulo!
(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves

quinta-feira, 18 de abril de 2013

JEITOSINHA - Cap. XXXII


JEITOSINHA
Capítulo XXXII
Sim... foi ele!

- Eu não matei! Não sou assassino!
Arlindo gritava com a convicção dos inocentes, mas a detetive Vanessa estava impassível.
- Você vai explicar isso ao tribunal. Temos evidências mais do que suficientes para prendê-lo.
- Quais? Quais são as evidências? - perguntou, inconformado.
- Como se você não soubesse, né? Mas vamos lá: Seu pai amanheceu morto e tudo indica que foi envenenado. Sua mãe percebeu logo no começo da manhã e nos chamou. Enquanto você dormia, procuramos pistas pela casa e encontramos no fundo de sua gaveta de cuecas o frasco de um veneno muito eficaz...
- Não pode ser! - interrompeu o encrencado Arlindo - Alguém colocou isso lá para me incriminar!
Vanessa sorriu, com sua frieza habitual.
- Não adianta, Arlindo... É melhor confessar. Você não contava com isso, mas seu pai, prevendo o seu trágico destino, escreveu uma carta...
A moça fez um sinal com os dedos e um dos assistentes entregou-lhe o pedaço de papel. Vanessa prosseguiu.
- Estava no bolso do pijama de Ambrósio. Veja o que diz:
"Se alguém encontrou esta carta, provavelmente já estarei morto. O fato é que recobrei minha memória.
Arlindo, meu filho mais velho, foi o responsável pela primeira tentativa de assassinato. Ainda não sei o que farei, mas como ele pode tentar de novo, deixo registrada esta denúncia. Arlindo nunca me perdoou por uma grande surra que lhe dei em sua adolescência, e nunca me perdoou por gostar mais de Jeitosinha. Percebendo que eu finalmente começava a me lembrar de tudo, passou a me ameaçar. Tenho medo de procurar a Polícia. Aliás, como tornei-me um monstro, não faz tanta diferença estar vivo ou morto. Tudo o que desejo é que, caso dê cabo de minha vida, o cruel Arlindo seja punido"
- Ambrósio assina a carta. É claro que ainda faremos um exame grafotécnico... Enquanto isso você fica detido.
- Não pode ser! Este bilhete é forjado! Você verá! - disse o primogênito de Ambrósio e Marilena.
- Há ainda uma terceira pista. - completou Vanessa - Existe este copo, encontrado ao lado da cama do seu pai, com resíduos do mesmo veneno encontrado em seu quarto, dissolvido em suco de groselha. Nele, há digitais de duas pessoas diferentes.
"Sim!", pensou Arlindo. "Agora eu entendo! Foi Jeitosinha! Ela me serviu uísque, ontem, neste mesmo copo. Como ela usava luvas, só as marcas de meus dedos estão no vidro!".
Em pânico, e tremendo de ódio, Arlindo apontou para a irmã:
- Foi ela! Ela é uma farsa! Um travesti maníaco e assassino! A senhora ouviu, detetive, o próprio papai dizendo isso!
Jeitosinha, em seu papel de filha inocente e assustada com a tragédia, tinha o semblante apavorado e olhos marejados. Numa perfeita atuação.
- Seu pai estava muito abalado. Este tipo de confusão é comum... Mesmo sem querer, Jeitosinha era o pivô dos desentendimentos. Talvez por isso ele a tenha visto em seu delírio. Agora... Que história é essa de travesti? - Vanessa dirigiu a pergunta a Marilena.
- Arlindo está tentando confundi-la, detetive. - A mãe não perdeu a chance de socorrer a filha naquele momento dramático.
- Quer comprovar? - Disse Jeitosinha, em seu pranto, contando com a negativa de Vanessa.
- Não é preciso, querida. Sei bem como são os homens. Estão sempre tentando encontrar algum defeito nas mulheres bonitas... Quanta crueldade Arlindo! Não vê o estado de sua irmã?
Vanessa dirigiu-se aos assistentes e ordenou:
- Levem-no. Vamos esperar o exame da letra no bilhete e das marcas no copo. Você vai aguardar na cadeia o resultado, Arlindo. E caso se comprovem as evidências, não sairá de lá tão cedo...
Debatendo-se e gritando, o cruel Arlindo foi recolhido ao camburão. Os policiais deixaram a casa e Marilena finalmente demonstrou sua dor num choro convulsivo. Na verdade sentia-se aliviada pelo fim de Ambrósio, mas não se conformava com o fato de que um de seus filhos tivesse assassinado o homem.
- Jeitosinha... Porque Arlindo tentou incriminá-la?
- Você sabe que ele me odeia, mamãe...
Jeitosinha estava calma e segura. Beijou suavemente o rosto de Marilena e foi para o quarto, já pensando no próximo ato de seu circo de horrores.

Não perca os últimos capítulos da novela mais trash da web! Amanhã tem
capítulo inédito!
(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves