Se você chorou, vibrou e se emocionou com a JEITOSINHA, não perca a próxima novela da rede!
Em Junho, de Segunda a Sexta, aqui, nos Arautos da Arte!
Um espaço onde amigos vão espalhar a arte para o mundo! Participe você também! Publique a sua arte! Entre em contato comigo através de comentários e deixe seu e-mail. Todo tipo de ARTE será bem vinda. Bons Ventos
quarta-feira, 15 de maio de 2013
terça-feira, 30 de abril de 2013
Jeitosinha - Cap. XXXIX
Jeitosinha -
Cap. XXXIX
E foi Assim...
Cap. XXXIX
E foi Assim...
- UAU Adenaíra! Você passou por tudo isso e eu nem estava lá para te dar a mão...
- Passou e eu estou ótima agora. Falei com a mamãe, ela disse que posso voltar pra casa. Seremos uma família de verdade!
As duas se abraçaram com os olhos marejados de alegria, porém Jeitosinha se esquivou cabisbaixa.
- Que foi Jeitosinha?
- Tive uma surpresa hoje e tomei uma decisão: essa foi a última vez que subi esses degraus, a ultima vez que sentei nesse sofá - disse por fim alisando o tecido.
- É sério isso? Mas por quê?
- Não tenho mais motivos para ser feliz sem o Thiago. Meu mundo acabou, por isso preciso refazê-lo. É isso que vou fazer! Foi muito bom te ver, mas preciso aprontar minhas coisas. - disse isso, abraçou a irmã.
Jeitosinha caminhou até o quarto olhando cada detalhe dos porta-retratos, as paredes, as cores, tentando gravar na memória tudo o que havia vivido ali.
Finalmente em frente a porta do seu quarto olhou fixamente para o pequeno enfeite que indicava que aquele é um quarto de uma garotinha. Jeitosinha tinha aquele enfeite desde seu primeiro ano de vida.
Retirou-o da porta, abraçou-o contra o peito, respirou fundo e girou a maçaneta.
Ao abrir a porta, sentiu um empurrão e caiu de joelhos:
- AI!
- Você não sai daí enquanto não se resolver com ele.
- Ele quem? - e ao perguntar, olhou para cima e viu a imagem de um homem em frente a janela. - Thiago?
- Oi Jeitosinha. - respondeu o rapaz.
Jeitosinha respirou fundo, contendo a emoção de ter seu amado tão perto e tão longe.
- O que está fazendo aqui?
- Eu... eu...
- Eu vi Thiago! - interrompeu a jovem - Ninguém me contou! Eu vi!
- Eu posso explicar...
- Explicar como? Eu vi!
- Me escuta por favor?
Jeitosinha cruzou os braços e ficou batendo o pé impacientemente no chão.
- Só adianto que não vai mudar nada! Estou decidida!
- Ok...Depois de tudo que aconteceu entre nós, todas as revelações, eu fui até o bordel para tentar descobrir a minha real natureza. A noite foi terrível. Chorei muito, tive o prazer da carne, mas faltava algo, o mais importante, você...
Os olhos de Jeitosinha se encheram de lágrimas no mesmo instante, lembrando do que Katia Trovoada havia contado.
- Bom... depois de tudo que aconteceu com a gente. Eu estava pronto para partir desta vida, já que não teria mais você nela. Peguei a arma e, em pânico, apertei o gatilho. Só lembro de ter um sonho estranho, com seu rosto, rodeado por pênis: vários tamanhos, grossuras e cores. Acordei em uma sala toda branca e achei que ali fosse o céu - mas não era - eu fui parar no hospital.
Ao meu lado, para minha surpresa, uma moça loira, linda, adormecia. Por um breve instante pensei que fosse você e entrei em pânico. Gritei seu nome e o médico veio me contar que era a Adenaíra.
- O Que?
- Adenaíra foi fazer a cirurgia para troca de sexo, mas houve complicações. Ela quase desistiu, mas eu a ajudei a lutar pela vida. Devia haver algum sentido para que aquela bala tivesse passado de raspão. E há um sentido...
- E então... a loira do apê...
- Sim Jeitosinha... era eu - disse Adenaíra, abrindo a porta.
- Então vocês dois... ?
- Não. - respondeu a irmã - nunca tivemos nada. Thiago ficou do meu lado o tempo todo e quando finalmente estava curada, ele me levou para seu apartamento. Tentamos ter uma vida juntos, eu tentei de todas as formas construir um lar, mas o Thiago não tira você da cabeça! Foi quando conversamos e colocamos um fim nessa história e eu lhe pedi um beijo de despedida...
- E essa foi a hora que eu apareci...
O silêncio pairou pelo ar por alguns instantes.
Enquanto juntava as peças em sua cabeça, um sorriso surgia nos lábios da moça.
- Jeitosinha, mas... e a história do Bordel? - disse Thiago encabulado
- Não há! Não há história! Sou sua Jeitosinha! Jamais fui tocada por outro homem que não você!
Retirou-o da porta, abraçou-o contra o peito, respirou fundo e girou a maçaneta.
Ao abrir a porta, sentiu um empurrão e caiu de joelhos:
- AI!
- Você não sai daí enquanto não se resolver com ele.
- Ele quem? - e ao perguntar, olhou para cima e viu a imagem de um homem em frente a janela. - Thiago?
- Oi Jeitosinha. - respondeu o rapaz.
Jeitosinha respirou fundo, contendo a emoção de ter seu amado tão perto e tão longe.
- O que está fazendo aqui?
- Eu... eu...
- Eu vi Thiago! - interrompeu a jovem - Ninguém me contou! Eu vi!
- Eu posso explicar...
- Explicar como? Eu vi!
- Me escuta por favor?
Jeitosinha cruzou os braços e ficou batendo o pé impacientemente no chão.
- Só adianto que não vai mudar nada! Estou decidida!
- Ok...Depois de tudo que aconteceu entre nós, todas as revelações, eu fui até o bordel para tentar descobrir a minha real natureza. A noite foi terrível. Chorei muito, tive o prazer da carne, mas faltava algo, o mais importante, você...
Os olhos de Jeitosinha se encheram de lágrimas no mesmo instante, lembrando do que Katia Trovoada havia contado.
- Bom... depois de tudo que aconteceu com a gente. Eu estava pronto para partir desta vida, já que não teria mais você nela. Peguei a arma e, em pânico, apertei o gatilho. Só lembro de ter um sonho estranho, com seu rosto, rodeado por pênis: vários tamanhos, grossuras e cores. Acordei em uma sala toda branca e achei que ali fosse o céu - mas não era - eu fui parar no hospital.
Ao meu lado, para minha surpresa, uma moça loira, linda, adormecia. Por um breve instante pensei que fosse você e entrei em pânico. Gritei seu nome e o médico veio me contar que era a Adenaíra.
- O Que?
- Adenaíra foi fazer a cirurgia para troca de sexo, mas houve complicações. Ela quase desistiu, mas eu a ajudei a lutar pela vida. Devia haver algum sentido para que aquela bala tivesse passado de raspão. E há um sentido...
- E então... a loira do apê...
- Sim Jeitosinha... era eu - disse Adenaíra, abrindo a porta.
- Então vocês dois... ?
- Não. - respondeu a irmã - nunca tivemos nada. Thiago ficou do meu lado o tempo todo e quando finalmente estava curada, ele me levou para seu apartamento. Tentamos ter uma vida juntos, eu tentei de todas as formas construir um lar, mas o Thiago não tira você da cabeça! Foi quando conversamos e colocamos um fim nessa história e eu lhe pedi um beijo de despedida...
- E essa foi a hora que eu apareci...
O silêncio pairou pelo ar por alguns instantes.
Enquanto juntava as peças em sua cabeça, um sorriso surgia nos lábios da moça.
- Jeitosinha, mas... e a história do Bordel? - disse Thiago encabulado
- Não há! Não há história! Sou sua Jeitosinha! Jamais fui tocada por outro homem que não você!
(É claro que àquela altura do campeonato, falar sobre Laura Croft era perfeitamente dispensável. Aliás, ela era uma mulher...)
Cabisbaixa, Adenaíra deixou o quarto de Jeitosinha e seguiu a esmo pelas ruas escuras da cidade.
Não muito longe dali, uma nave espacial alienígena pousava no matagal.
E foi assim que Adenaíra acabou nas mãos dos extraterrestres. Por mais que os cientistas do outro mundo se esforçassem, continuariam sem entender o mecanismo de reprodução dos humanos.
Hoje, quem vê na missa dominical Jeitosinha e Thiago, com suas lindas crianças adotadas, nem imagina que por trás daquela aparente normalidade repousa um segredo e uma história surpreendente.
E se você acha que os homenzinhos verdes são a parte mais absurda desta saga, é porque não viram Jeitosinha e Thiago em seus momentos de intimidade...
- Não pode ser ... Eu vi você naquele local deplorável!
- Eu vinha sendo chantageada por Arlindo... Mas não cheguei a entrar em ação! É uma longa história meu amor... - Jeitosinha se aproximou mais de seu amado.
Thiago começou a se despir de sua casca de rancor.
- Eu... eu também só fui lá naquele dia porque...
- Eu já sei... Esqueça, Thiago... Não diga nada... Apenas me beije!
Cabisbaixa, Adenaíra deixou o quarto de Jeitosinha e seguiu a esmo pelas ruas escuras da cidade.
Jeitosinha e seu homem se amaram loucamente, como estavam predestinados a fazer por muitos e muitos anos.
Não muito longe dali, uma nave espacial alienígena pousava no matagal.
- Porque voltamos, chefe? - Perguntou uma das criaturas verdes.
- Veja com seus próprios olhos! Compramos gato por lebre!
O ET entregou ao colega um exemplar de uma popular revista de mulher pelada.
- Ué... Aquela moça que trouxemos à nave tinha um detalhe a mais...
- Claro! Era um homem disfarçado!
- Como o senhor descobriu?
- Bem, já tínhamos até saído desta galáxia quando resolvi folhear umas revistas que levei de recordação deste planetinha atrasado. Foi aí que me deparei com estas fotos de mulheres nuas e percebi tudo: as fêmeas daqui são, aparentemente, exatamente como as nossas! Tudo indica que estão prontas para reproduzir nossos filhos!
- Que beleza, chefe! O que faremos?
- O óbvio: pegaremos uma outra mulher, nos certificaremos de que ela não tem nenhum complemento indesejável e voltaremos às nossas experiências!
- Então aproveita, chefe... - disse um dos homens verdes, olhando pela escotilha - Vem uma gatona ali!
E foi assim que Adenaíra acabou nas mãos dos extraterrestres. Por mais que os cientistas do outro mundo se esforçassem, continuariam sem entender o mecanismo de reprodução dos humanos.
Adenaíra nunca mais foi vista. E como Jeitosinha preferiu guardar segredo sobre sua experiência com os Ets, o planeta Terra nunca soube que duas irmãs, numa surpreendente manobra do destino, acabaram
salvando a humanidade.
Hoje, quem vê na missa dominical Jeitosinha e Thiago, com suas lindas crianças adotadas, nem imagina que por trás daquela aparente normalidade repousa um segredo e uma história surpreendente.
E se você acha que os homenzinhos verdes são a parte mais absurda desta saga, é porque não viram Jeitosinha e Thiago em seus momentos de intimidade...
FIM
Infelizmente a nossa novela chegou ao fim...
Este foi o último capítulo da novela online de maior audiência do todos os tempos... ops acho que ela é a única por aqui até hoje né?
Este foi o último capítulo da novela online de maior audiência do todos os tempos... ops acho que ela é a única por aqui até hoje né?
rs
Beijos!
Bons Ventos!
(Autor Desconhecido)
(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Jeitosinha - Cap. XXXVIII
Capítulo XXXVIII
Reencontro
- Será que
vai dar certo Adenaíra?
- Confie em
mim, vai dar certo sim, Jeitosinha nem viu que era eu que você estava beijando.
Fica tranquilo. Mas... você está pronto para perdoá-la?
- Não sei,
mas precisamos conversar de qualquer forma, deixar as coisas às claras e eu
preciso olhar em seus olhos e ver se ainda há amor neles.
- Ai que
lindo! Então pra começar, preciso fazer uma ligação... Alô... Sim sou eu,
Adenaíra. Antigo Adenair. Tudo bem?... Preciso muito ver você, muito mesmo e
tem que ser hoje... Sim!... Perfeito! ... Ah não A-CRE-DI-TO! Você fez mesmo
isso???... Você é demais! (o som das vozes vai baixando, só pra deixar um
mistério ainda maior no ar, afinal a novela está acabando né? Precisa ter
suspense).
Jeitosinha
vagou por toda a cidade, caminhando sem pressa. Parou em uma praça, onde
avistou um casal de namorados que se olhavam e riam, trocando carícias. Ficou a
observá-los por um instante. Para eles o mundo parecia não existir, eram apenas
os dois, somente os dois, pois não precisavam de mais ninguém, para serem
felizes.
Desviou o
olhar e parou novamente. Desta vez avistou mãe e filha dividindo um sorvete,
sentadas numa lanchonete. Com as mãos sobre o ventre imaginou que tudo seria
diferente se ela, simplesmente tivesse nascido mulher.
As mãos passaram
do ventre para o rosto e em prantos, tomou uma decisão:
- Chega de
humilhação! Agora sou eu que mando no meu destino! O treinamento acabou!
Decidida,
Jeitosinha levantou-se, secou as lágrimas e seguiu em frente! Desviando das
árvores que pertencem à praça, claro.
Ao chegar em
frente à sua casa, Jeitosinha demorou-se um pouco. Queria olhar bem e pela
última vez para a fachada da casa onde passou toda a sua vida de mentiras e
onde ela própria fez vingança com suas mãos.
Subiu cada
degrau, guardando na lembrança que aquela seria a última subida.
Colocou a mão
na maçaneta e virou.
A porta se
abriu e Jeitosinha assustou-se ao ver uma mulher linda,
loira, muito parecida com ela própria.
A moça estava de costas, olhando uma fotografia de família.
- Quanta história guardada nessas fotografias, não é mesmo? Veja esta: os olhos aflitos de cada um de nós, até mesmo em seu rosto, por trás do sorriso, é possível ver o pavor que o velho provocava. Felizmente acabou. E podemos realizar nossos sonhos, sermos felizes.
Os olhos de Jeitosinha se enxeram de lágrimas e ela se sentiu culpada por não mais procurado a irmã.
- Adenaíra?
A moça virou-se revelando sua beleza. Jeitosinha correu e a abraçou. Após a sua tomada de decisão, achava que nunca mais veria sua família novamente.
- Adenaíra! Me perdoe! Me perdoe! Me perdoe! Eu não queria sumir desse jeito, mas tanta coisa foi acontecendo...
- Tudo bem Jeitosinha... está tudo bem!
- Mas me conta como estão as coisas?
- Menina! Senta aqui! Vou te contar TU-DO! Fui lá fazer a cirurgia, pelo SUS mesmo (novamente aquela hora em que o som desaparece... normal de fim de novela)
Mistério, Drama, Loucuras, SUS... não perca o próximo capítulo de JEITOSINHA
- Quanta história guardada nessas fotografias, não é mesmo? Veja esta: os olhos aflitos de cada um de nós, até mesmo em seu rosto, por trás do sorriso, é possível ver o pavor que o velho provocava. Felizmente acabou. E podemos realizar nossos sonhos, sermos felizes.
Os olhos de Jeitosinha se enxeram de lágrimas e ela se sentiu culpada por não mais procurado a irmã.
- Adenaíra?
A moça virou-se revelando sua beleza. Jeitosinha correu e a abraçou. Após a sua tomada de decisão, achava que nunca mais veria sua família novamente.
- Adenaíra! Me perdoe! Me perdoe! Me perdoe! Eu não queria sumir desse jeito, mas tanta coisa foi acontecendo...
- Tudo bem Jeitosinha... está tudo bem!
- Mas me conta como estão as coisas?
- Menina! Senta aqui! Vou te contar TU-DO! Fui lá fazer a cirurgia, pelo SUS mesmo (novamente aquela hora em que o som desaparece... normal de fim de novela)
Mistério, Drama, Loucuras, SUS... não perca o próximo capítulo de JEITOSINHA
(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Jeitosinha - Cap. XXXVII
Capítulo XXXVII
Engano
Jeitosinha correu sem saber para onde iria. Na verdade ela nem queria
saber, não queria ir para lugar algum, já que em lugar algum ela seria feliz.
Naquela tarde, enquanto Jeitosinha corria para os braços de seu amado,
Thiago dava um ponto final em sua relação com Adenaíra. Foi uma longa conversa,
que terminou num clima cordial.
- Não me leve a mal... Pensei que pudesse esquecer Jeitosinha, mas... É impossível. De alguma maneira, sinto que quando estou com ela tudo parece se encaixar...
- Se eu tivesse sabido antes não teria quebrado o pino do meu Lego. - lamentou Adenaíra - De qualquer forma, devo-lhe minha vida. Sou grata pelos dias que passamos juntos e pelos seus cuidados. Espero que um dia você e Jeitosinha possam voltar a se entender...
- Não creio ser possível...
- Não me leve a mal... Pensei que pudesse esquecer Jeitosinha, mas... É impossível. De alguma maneira, sinto que quando estou com ela tudo parece se encaixar...
- Se eu tivesse sabido antes não teria quebrado o pino do meu Lego. - lamentou Adenaíra - De qualquer forma, devo-lhe minha vida. Sou grata pelos dias que passamos juntos e pelos seus cuidados. Espero que um dia você e Jeitosinha possam voltar a se entender...
- Não creio ser possível...
- Que segredo você guarda sobre ela? Existe algo mais, além da
particularidade anatômica?
- Não me force a dizer. Só lhe adianto que sua irmã não é quem parece ser...
- Não me force a dizer. Só lhe adianto que sua irmã não é quem parece ser...
- Tudo bem... As malas já estão na porta, creio que seja o momento de
dizer adeus. Posso pedir só mais uma coisa?
- Claro que sim. – afirmou o rapaz
- Eu gostaria de um beijo. Um único e terno beijo para me lembrar da
doce pessoa que você é e dos momentos que passamos juntos.
- um beijo?
- Sim, um único beijo.
- Claro que lhe dou.
E então se entregaram a um beijo longo, quente, molhado. Adenaíra estava
com o peito em chamas com aquele tão sonhado beijo, guardando cada detalhe na
memória. Enquanto Thiago imaginava ter em seus braços a sua amada...
Foi quando o barulho de um salto alto assustou o
casal e Thiago correu para ver quem aparecera, porém conseguiu apenas ver a
porta do elevador se fechando, Jeitosinha de costas e parte de seu rosto em
prantos refletido no espelho...
- Jeitosinha! – ele gritou, mas nada pôde fazer. Correu
até a janela e viu sua amada correndo, atravessando a rua... – Droga!
- o que houve? Quem era?
- Era Jeitosinha. Tenho certeza que viu o nosso
beijo!
- Oh My God! Não acredito! Ela deve estar pensando
que...
- Sim, ela deve estar achando que tenho outra
pessoa na minha vida!
- E teria... – emendou Adenaíra. Thiago lhe lançou
um olhar de raiva. – se quisesse, mas não é o caso.
Thiago andava de um lado para o outro tentando
pensar no que fazer.
- Desculpe meu amor! Eu não sabia que isso iria
acontecer!
- Não é culpa sua, a vida parece não gostar muito
de mim... não é possível!
- Calma! Eu tenho um plano!
E este é o momento em que os personagens aparecem
gesticulando, mas não há som algum e aí ficamos tentando imaginar qual seria o
plano de Adenaíra... Imagine uma música ao fundo, estilo 007.
Será que Adenaíra conseguirá ajudar este casal a ficar bem?
Não estou afim de chegar ao fim dessa história, então não sei se o
próximo será o último capítulo de JEITOSINHA!
Aguarde e verás...
(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por Tina Chaves
quinta-feira, 25 de abril de 2013
JEITOSINHA - cap. XXXVI
JEITOSINHA
Capítulo
XXXVI
E
Esta é a história
- O que Thiago lhe disse de tão importante aquela noite? - Perguntou Jeitosinha, ansiosa, ao travesti Kátia Trovoada.
- Bom, menina... Ele chegou aqui todo sem gracinha. Estava bem bêbado, mas nem por isso perdeu a timidez...
- Sim... E então? - A loira mal controlava suas emoções.
- Então eu perguntei como ele queria, e coisa e tal... Ele me disse que era a sua primeira vez num lugar como esse, e provavelmente a última...
- O que mais?
- Bem, ele disse que não estava à vontade, mas que precisava se colocar a teste... Por amor.
-
Ownnnnnnnnnnnnnnnn – as meninas em coro vibravam.
-
Na ocasião não entendi nada, pensei que era coisa de bêbado, mas agora
entendo...
Os olhos de Jeitosinha brilharam:
- Sim! Como não pensei nisso antes? Ele queria saber se conseguiria se adaptar ao meu estranho jeito de amá-lo!
- Ah, Santa... Carinha de quem estava se adaptando ele fez... - emendou Kátia, com um gesto afetado.
- Vou procurá-lo agora mesmo!
Os olhos de Jeitosinha brilharam:
- Sim! Como não pensei nisso antes? Ele queria saber se conseguiria se adaptar ao meu estranho jeito de amá-lo!
- Ah, Santa... Carinha de quem estava se adaptando ele fez... - emendou Kátia, com um gesto afetado.
- Vou procurá-lo agora mesmo!
Jeitosinha
foi procurá-lo, mas nem podia imaginar que Thiago havia construído um lar com
seu ex-irmão, agora irmã, Adenaíra.
-
Boa sorte Jeitosinha! – Disse Laura Croft lhe dando um último beijo de amor.
Aquela
cena de duas “mulheres” lindas e de corpos exuberantes gerou uma grande salva
de palmas.
-
Eu sempre te amarei Jeitosinha! Seja Feliz! – e em câmera lenta, soltaram as mãos como nos
romances de cinema.
Havia
um táxi esperando Jeitosinha do lado de fora do Bordel.
-
Vai com tudo Jeitosinha! Que eu sei que o bofe aguenta - disse Katia Trovoada.
Jeitosinha sorriu animada com seu futuro repleto de noites quentes de amor.
Abrindo
a porta do carro estava Madame Mary.
-
Mamãe! Eu vou atrás da minha felicidade! Vou ser finalmente feliz com Thiago,
meu grande amor!
-
Sim filha! Está tudo caminhando bem! Sua vida de amarguras chegou ao fim! Seja
feliz e venha me visitar sempre! Ainda tem muito o que aprender...
Jeitosinha
entrou no carro e baixou o vidro acenando para suas novas amigas.
-
Boa sorte jeitosinha! - Todas gritaram em coro.
-
O senhor não consegue ir mais rápido? – disse Jeitosinha ao motorista, numa quase
súplica.
-
Em dia de parada gay, minha senhora? Quase impossível!
-
É que estou ansiosa para rever meu grande amor!
-
Para merecer uma moça tão bela, tem que ser um grande amor mesmo!
Jeitosinha
sorriu encabulada com o elogio, mesmo com tudo o que passou, seus hormônios femininos
a faziam corar ao receber elogios masculinos, pois ali tinha a confirmação de
sua feminilidade.
Após
duas horas no trânsito, finalmente o táxi estaciona em frente ao prédio de
Thiago.
-
É aqui senhora?
Jeitosinha
olhou fixamente para a janela do apartamento. A luz estava acesa. A janela
aberta faziam dançar as cortinas. “Sim, ele está em casa”, pensou.
-
Senhora?
-
Sim, é aqui. – disse a loira sem desgrudar os olhos do prédio.
-
A senhora não vai entrar?
Jeitosinha
não disse uma palavra.
-
Veja bem. Se este é o amor da sua vida, vá atrás dele! Só se vive uma vez e se
ele não aceitar de volta, ele é um maluco, pois qualquer homem largaria tudo
para possuir uma linda loira, alta e gostosa como a senhora.
Jeitosinha
se encheu se esperança. Pagou o valor do táxi e apertou a mão do motorista em
agradecimento.
Desceu
do carro, mas hesitou ainda na calçada por uns instantes, pensando no que
dizer. Finalmente respirou fundo e deu o primeiro passo em direção a portaria.
O
porteiro já conhecia a bela moça e nem anunciou sua chegada. Ela entrou no
elevador, as mãos suavam por conta do nervosismo. A cada andar que o visor
anunciava Jeitosinha repassava sua fala, afim de não errar nenhuma palavra. A porta
do elevador se abriu e ela pôde ver a porta do apto aberta. Uma mala na entrada
indicava que alguém chegara a pouco.
Jeitosinha
aproximou-se, ainda repetindo sua frase, quando finalmente chegou a porta,
calou-se. Ficou muda. Surda. Até seus pensamentos cessaram.
Thiago
estava aos beijos com uma mulher linda, loira, muito parecida com ela própria.
Não
suportando a dor, a nossa heroína correu em direção ao elevador, desejando
nunca estar ali.
O
barulho do seu salto assustou o casal e Thiago correu para ver quem aparecera,
porém conseguiu apenas ver a porta do elevador se fechando, Jeitosinha de
costas e parte de seu rosto em prantos refletido no espelho...
-
Jeitosinha! – ele gritou, mas nada pôde fazer. Afinal aquele era o único
elevador do prédio e descer 20 andares de escada não era assim uma atitude
inteligente.
Thiago
correu até a janela e viu sua amada correndo, atravessando a rua...
Será que essa história de amor teve um fim?
Veja no próximo e último capítulo
de JEITOSINHA!
(Autor Desconhecido)
Texto adaptado por
Tina Chaves
quarta-feira, 24 de abril de 2013
JEITOSINHA - Cap. XXXV
JEITOSINHA
Capítulo
XXXV
Vida Nova
No capítulo anterior...
Jeitosinha
descobriu que Madame Mary não tinha uma verruga enorme, não era homem, nem era
o Thiago, mas sim sua própria mãe.
Jeitosinha
percebeu que o bordel nunca fora seu lugar.
E
que se estivesse com Thiago, tudo estaria perfeito em sua vida.
No
final daquela tarde, Jeitosinha se despediu das colegas de bordel.
- Vou tirar um tempo para mim. Preciso repensar minha vida... Talvez volte a esta casa como auxiliar de mamãe, não sei... O importante é que fiz muitos amigos aqui...
Laura Croft chorava copiosamente.
- Está tudo acabado entre nós?
- Sim, Laura... Não adianta. Thiago é o meu único amor. Preciso esquecê-lo antes de poder recomeçar com outra pessoa...
- Vou tirar um tempo para mim. Preciso repensar minha vida... Talvez volte a esta casa como auxiliar de mamãe, não sei... O importante é que fiz muitos amigos aqui...
Laura Croft chorava copiosamente.
- Está tudo acabado entre nós?
- Sim, Laura... Não adianta. Thiago é o meu único amor. Preciso esquecê-lo antes de poder recomeçar com outra pessoa...
-
Mas e as nossas noites loucas de amor, luxúria, paixão...
-
Laura, aprendi muito contigo e não esquecerei jamais! Mas preciso ir...
Laura
pareceu entender. Tanto que deu a Jeitosinha um conselho bem prático:
- Se você o ama tanta, porque não tenta uma reaproximação? Tudo bem, ele pensa que você é uma de nós, mas você, em contrapartida, flagrou-o nos braços da Kátia Trovoada...
Kátia, o traveco moreno, alto, bem dotado que possuiu Thiago, espantou-se:
- Aquele era o seu bofe? Ih, menina... Você está sofrendo à toa...
- Como assim? - surpreendeu-se Jeitosinha.
E Kátia começou a narrar o diálogo que ela e Thiago tiveram antes do ato de amor...
- Se você o ama tanta, porque não tenta uma reaproximação? Tudo bem, ele pensa que você é uma de nós, mas você, em contrapartida, flagrou-o nos braços da Kátia Trovoada...
Kátia, o traveco moreno, alto, bem dotado que possuiu Thiago, espantou-se:
- Aquele era o seu bofe? Ih, menina... Você está sofrendo à toa...
- Como assim? - surpreendeu-se Jeitosinha.
E Kátia começou a narrar o diálogo que ela e Thiago tiveram antes do ato de amor...
Finalmente está acabando! Não perca o último capítulo... Amanhã tem
mais!"
(Autor
Desconhecido)
Texto adaptado por
Tina Chaves
terça-feira, 23 de abril de 2013
JEITOSINHA - Cap. XXXIV
JEITOSINHA
Capítulo
XXXIV
Surpresas
A
mulher aproximou-se do fraco abajur que iluminava o escritório.
Nessa
fração de segundo Jeitosinha pensou em um milhão e meio de possibilidades que encontraria
por trás daquela máscara:
Será
o Ambrósio?
Será
que ela tem lepra?
Será
que é um homem?
Ela
pode ter barba?
Ou
uma verruga bem grande.
Será
uma idosa?
Será
Adenaíra?
Será
que é o Thiago?
A
cada pergunta Jeitosinha se apavorava mais e mais...
Trinta
e nove segundos se passaram e então, com lágrimas banhando o rosto, Madame Mary
retirou sua máscara...
- Mamãe? É você! Não pode ser!
- Claro que sou eu, querida... Você acha que com o salário de contínuo do seu pai conseguiríamos criar sete filhos e ainda comprar pra você a coleção completa da Barbie?
- Então é por isso que o meu treinamento nunca terminou! Por isso que até agora não comecei a trabalhar vendendo esse lindo corpo. Você não queria prostituir a própria filha!
- Sim... Este foi apenas um dos muitos sacrifícios que fiz por você.
- Mamãe? É você! Não pode ser!
- Claro que sou eu, querida... Você acha que com o salário de contínuo do seu pai conseguiríamos criar sete filhos e ainda comprar pra você a coleção completa da Barbie?
- Então é por isso que o meu treinamento nunca terminou! Por isso que até agora não comecei a trabalhar vendendo esse lindo corpo. Você não queria prostituir a própria filha!
- Sim... Este foi apenas um dos muitos sacrifícios que fiz por você.
-
Então...
-
Fui eu quem joguei fora os restos mortais de Ambrósio e limpei a bagunça da
sala... O telefonema e o bilhete falando da pescaria também foram invenções
minhas.
- Então... Papai realmente havia morrido? - espantou-se.
- Sim! Só não me pergunte como ele voltou à vida. Talvez tenha sido um milagre dos céus para poupá-la, Jeitosinha. Você já havia sofrido demais, e aquele plano da serra-elétrica era simplesmente ridículo... Coisa de amadora né Filha? Vamos combinar! Você deixou suas digitais espalhadas pela casa inteira!
- Então... Papai realmente havia morrido? - espantou-se.
- Sim! Só não me pergunte como ele voltou à vida. Talvez tenha sido um milagre dos céus para poupá-la, Jeitosinha. Você já havia sofrido demais, e aquele plano da serra-elétrica era simplesmente ridículo... Coisa de amadora né Filha? Vamos combinar! Você deixou suas digitais espalhadas pela casa inteira!
-
Pois é... – admitiu Jeitosinha.
-
O segundo crime foi muito mais requintado, e ainda puniu o chantagista do
Arlindo! Quanto orgulho tive de você! Sua atuação foi impecável!
Jeitosinha abraçou a mãe, emocionada (Imagine uma música melosa, executada por um naipe de violinos...).
Jeitosinha abraçou a mãe, emocionada (Imagine uma música melosa, executada por um naipe de violinos...).
Finalmente,
quase tudo parecia se encaixar. Era um novo tempo de recomeço.
Jeitosinha
percebeu que o bordel nunca fora seu lugar. O que de fato a atraía era o
magnetismo de Madame Mary, que não era ninguém menos que Marilena.
Não fosse a saudade que sentia de Thiago, tudo estaria perfeito em sua vida.
Não fosse a saudade que sentia de Thiago, tudo estaria perfeito em sua vida.
Finalmente está chegando ao fim!
Aguardem o próximo capítulo!
(Autor
Desconhecido)
Texto adaptado por
Tina Chaves
segunda-feira, 22 de abril de 2013
JEITOSINHA - últimos capítulos
Alguém sabe o que houve com a Jeitosinha???
Será que nossa heroína terá um final feliz?
Quem será Madame Mary?
E Thiago? Voltará para os braços de sua amada?
Qual será o fim de Adenaíra?
Aguardem os últimos capítulos de JEITOSINHA!
Será que nossa heroína terá um final feliz?
Quem será Madame Mary?
E Thiago? Voltará para os braços de sua amada?
Qual será o fim de Adenaíra?
Aguardem os últimos capítulos de JEITOSINHA!
sexta-feira, 19 de abril de 2013
JEITOSINHA - Cap. XXXIII
JEITOSINHA
Capítulo
XXXIII
Algum
tempo depois...
Alguns
dias que se passaram desde a morte de Ambrósio. Adenaíra vinha se recuperando
da infecção hospitalar. Thiago a levara para sua casa e a convivência era
amigável. A moça se esforçava para transformar aquele apartamento de solteiro
em um lar e o rapaz gostava de sua companhia. Mas não conseguia esquecer
Jeitosinha e ainda sentia um, digamos, "vazio por dentro", se é que
você me entende...
Como era de se esperar, os exames periciais confirmaram que tratava-se da letra de Ambrósio no bilhete. Provaram também que as digitais eram mesmo de Arlindo.
Como era de se esperar, os exames periciais confirmaram que tratava-se da letra de Ambrósio no bilhete. Provaram também que as digitais eram mesmo de Arlindo.
Impotente
diante da armadilha armada pela irmã e diante das péssimas condições da
carceragem, o rapaz simplesmente enlouqueceu.
Na
casa de Jeitosinha todos se esforçavam para retomar as rotinas de suas vidas.
Adenaíra
escrevera, contando da operação e de como estava feliz em sua nova condição.
Omitira, entretanto, que era hóspede de Thiago.
No
bordel de Madame Mary, Jeitosinha buscava superar a perda de seu amado nos
braços de Laura Croft. O treinamento da loira continuava.
Na
penumbra de seu escritório, a cafetina continuava instruindo Jeitosinha sobre
os mistérios do amor e do sexo, mas ainda eram apenas aulas teóricas, o que já
estava deixando nossa heroína impaciente.
- Às vezes sinto que a senhora, deliberadamente, está adiando minha estréia profissional - questionou um dia Jeitosinha.
Pela primeira vez, a sempre segura Madame Mary pareceu incomodada.
- Que bobagem, querida... Já lhe disse, tenho uma imagem a zelar... Tudo virá a seu tempo.
Jeitosinha vinha se abrindo cada vez mais com a patroa. Chegou a confessar o atentado com a serra-elétrica, o plano que incriminou Arlindo e o desejo de se vingar da mãe.
- Às vezes sinto que a senhora, deliberadamente, está adiando minha estréia profissional - questionou um dia Jeitosinha.
Pela primeira vez, a sempre segura Madame Mary pareceu incomodada.
- Que bobagem, querida... Já lhe disse, tenho uma imagem a zelar... Tudo virá a seu tempo.
Jeitosinha vinha se abrindo cada vez mais com a patroa. Chegou a confessar o atentado com a serra-elétrica, o plano que incriminou Arlindo e o desejo de se vingar da mãe.
Madame
Mary a tudo ouvia, sem emitir qualquer opinião. Naquela tarde, entretanto,
encontrou Jeitosinha mais fragilizada do que de costume.
- O que houve, criança? - Perguntou a cafetina.
- Não sei o que está havendo comigo, Madame Mary... - Disse a loira, com a voz embargada - Talvez seja a falta de Thiago, ou o remorso por ter tirado a vida de meu pai... Mas o fato é que estou fraquejando. Começo a achar que talvez mamãe não seja assim tão culpada pelo meu destino.
Talvez seja a maior das vítimas, preservando um segredo por tantos anos apenas para poupar a todos da ira de Ambrósio.
- O que você quer dizer com isso? - perguntou Mary.
- Quero dizer que estou cansada de ódio e sofrimento. Vou buscar minha felicidade. E começarei procurando mamãe e dizendo que a perdôo...
- Não creio que você precise procurá-la... - disse Madame Mary, num tom de voz bastante familiar.
A mulher aproximou-se do fraco abajur que iluminava o escritório.
- O que houve, criança? - Perguntou a cafetina.
- Não sei o que está havendo comigo, Madame Mary... - Disse a loira, com a voz embargada - Talvez seja a falta de Thiago, ou o remorso por ter tirado a vida de meu pai... Mas o fato é que estou fraquejando. Começo a achar que talvez mamãe não seja assim tão culpada pelo meu destino.
Talvez seja a maior das vítimas, preservando um segredo por tantos anos apenas para poupar a todos da ira de Ambrósio.
- O que você quer dizer com isso? - perguntou Mary.
- Quero dizer que estou cansada de ódio e sofrimento. Vou buscar minha felicidade. E começarei procurando mamãe e dizendo que a perdôo...
- Não creio que você precise procurá-la... - disse Madame Mary, num tom de voz bastante familiar.
A mulher aproximou-se do fraco abajur que iluminava o escritório.
O que será que vai acontecer?
Aguardem o próximo capítulo!
(Autor
Desconhecido)
Texto adaptado por
Tina Chaves
quinta-feira, 18 de abril de 2013
JEITOSINHA - Cap. XXXII
JEITOSINHA
Capítulo
XXXII
Sim...
foi ele!
-
Eu não matei! Não sou assassino!
Arlindo
gritava com a convicção dos inocentes, mas a detetive Vanessa estava
impassível.
- Você vai explicar isso ao tribunal. Temos evidências mais do que suficientes para prendê-lo.
- Quais? Quais são as evidências? - perguntou, inconformado.
- Você vai explicar isso ao tribunal. Temos evidências mais do que suficientes para prendê-lo.
- Quais? Quais são as evidências? - perguntou, inconformado.
-
Como se você não soubesse, né? Mas vamos lá: Seu pai amanheceu morto e tudo
indica que foi envenenado. Sua mãe percebeu logo no começo da manhã e nos
chamou. Enquanto você dormia, procuramos pistas pela casa e encontramos no
fundo de sua gaveta de cuecas o frasco de um veneno muito eficaz...
- Não pode ser! - interrompeu o encrencado Arlindo - Alguém colocou isso lá para me incriminar!
Vanessa sorriu, com sua frieza habitual.
- Não adianta, Arlindo... É melhor confessar. Você não contava com isso, mas seu pai, prevendo o seu trágico destino, escreveu uma carta...
A moça fez um sinal com os dedos e um dos assistentes entregou-lhe o pedaço de papel. Vanessa prosseguiu.
- Estava no bolso do pijama de Ambrósio. Veja o que diz:
- Não pode ser! - interrompeu o encrencado Arlindo - Alguém colocou isso lá para me incriminar!
Vanessa sorriu, com sua frieza habitual.
- Não adianta, Arlindo... É melhor confessar. Você não contava com isso, mas seu pai, prevendo o seu trágico destino, escreveu uma carta...
A moça fez um sinal com os dedos e um dos assistentes entregou-lhe o pedaço de papel. Vanessa prosseguiu.
- Estava no bolso do pijama de Ambrósio. Veja o que diz:
"Se
alguém encontrou esta carta, provavelmente já estarei morto. O fato é que
recobrei minha memória.
Arlindo,
meu filho mais velho, foi o responsável pela primeira tentativa de assassinato.
Ainda não sei o que farei, mas como ele pode tentar de novo, deixo registrada
esta denúncia. Arlindo nunca me perdoou por uma grande surra que lhe dei em sua
adolescência, e nunca me perdoou por gostar mais de Jeitosinha. Percebendo que
eu finalmente começava a me lembrar de tudo, passou a me ameaçar. Tenho medo de
procurar a Polícia. Aliás, como tornei-me um monstro, não faz tanta diferença
estar vivo ou morto. Tudo o que desejo é que, caso dê cabo de minha vida, o
cruel Arlindo seja punido"
-
Ambrósio assina a carta. É claro que ainda faremos um exame grafotécnico...
Enquanto isso você fica detido.
- Não pode ser! Este bilhete é forjado! Você verá! - disse o primogênito de Ambrósio e Marilena.
- Há ainda uma terceira pista. - completou Vanessa - Existe este copo, encontrado ao lado da cama do seu pai, com resíduos do mesmo veneno encontrado em seu quarto, dissolvido em suco de groselha. Nele, há digitais de duas pessoas diferentes.
"Sim!", pensou Arlindo. "Agora eu entendo! Foi Jeitosinha! Ela me serviu uísque, ontem, neste mesmo copo. Como ela usava luvas, só as marcas de meus dedos estão no vidro!".
Em pânico, e tremendo de ódio, Arlindo apontou para a irmã:
- Foi ela! Ela é uma farsa! Um travesti maníaco e assassino! A senhora ouviu, detetive, o próprio papai dizendo isso!
- Não pode ser! Este bilhete é forjado! Você verá! - disse o primogênito de Ambrósio e Marilena.
- Há ainda uma terceira pista. - completou Vanessa - Existe este copo, encontrado ao lado da cama do seu pai, com resíduos do mesmo veneno encontrado em seu quarto, dissolvido em suco de groselha. Nele, há digitais de duas pessoas diferentes.
"Sim!", pensou Arlindo. "Agora eu entendo! Foi Jeitosinha! Ela me serviu uísque, ontem, neste mesmo copo. Como ela usava luvas, só as marcas de meus dedos estão no vidro!".
Em pânico, e tremendo de ódio, Arlindo apontou para a irmã:
- Foi ela! Ela é uma farsa! Um travesti maníaco e assassino! A senhora ouviu, detetive, o próprio papai dizendo isso!
Jeitosinha,
em seu papel de filha inocente e assustada com a tragédia, tinha o semblante apavorado
e olhos marejados. Numa perfeita atuação.
-
Seu pai estava muito abalado. Este tipo de confusão é comum... Mesmo sem
querer, Jeitosinha era o pivô dos desentendimentos. Talvez por isso ele a tenha
visto em seu delírio. Agora... Que história é essa de travesti? - Vanessa
dirigiu a pergunta a Marilena.
- Arlindo está tentando confundi-la, detetive. - A mãe não perdeu a chance de socorrer a filha naquele momento dramático.
- Quer comprovar? - Disse Jeitosinha, em seu pranto, contando com a negativa de Vanessa.
- Não é preciso, querida. Sei bem como são os homens. Estão sempre tentando encontrar algum defeito nas mulheres bonitas... Quanta crueldade Arlindo! Não vê o estado de sua irmã?
Vanessa dirigiu-se aos assistentes e ordenou:
- Levem-no. Vamos esperar o exame da letra no bilhete e das marcas no copo. Você vai aguardar na cadeia o resultado, Arlindo. E caso se comprovem as evidências, não sairá de lá tão cedo...
Debatendo-se e gritando, o cruel Arlindo foi recolhido ao camburão. Os policiais deixaram a casa e Marilena finalmente demonstrou sua dor num choro convulsivo. Na verdade sentia-se aliviada pelo fim de Ambrósio, mas não se conformava com o fato de que um de seus filhos tivesse assassinado o homem.
- Jeitosinha... Porque Arlindo tentou incriminá-la?
- Você sabe que ele me odeia, mamãe...
Jeitosinha estava calma e segura. Beijou suavemente o rosto de Marilena e foi para o quarto, já pensando no próximo ato de seu circo de horrores.
- Arlindo está tentando confundi-la, detetive. - A mãe não perdeu a chance de socorrer a filha naquele momento dramático.
- Quer comprovar? - Disse Jeitosinha, em seu pranto, contando com a negativa de Vanessa.
- Não é preciso, querida. Sei bem como são os homens. Estão sempre tentando encontrar algum defeito nas mulheres bonitas... Quanta crueldade Arlindo! Não vê o estado de sua irmã?
Vanessa dirigiu-se aos assistentes e ordenou:
- Levem-no. Vamos esperar o exame da letra no bilhete e das marcas no copo. Você vai aguardar na cadeia o resultado, Arlindo. E caso se comprovem as evidências, não sairá de lá tão cedo...
Debatendo-se e gritando, o cruel Arlindo foi recolhido ao camburão. Os policiais deixaram a casa e Marilena finalmente demonstrou sua dor num choro convulsivo. Na verdade sentia-se aliviada pelo fim de Ambrósio, mas não se conformava com o fato de que um de seus filhos tivesse assassinado o homem.
- Jeitosinha... Porque Arlindo tentou incriminá-la?
- Você sabe que ele me odeia, mamãe...
Jeitosinha estava calma e segura. Beijou suavemente o rosto de Marilena e foi para o quarto, já pensando no próximo ato de seu circo de horrores.
Não perca os últimos capítulos da novela mais trash da web! Amanhã
tem
capítulo inédito!
capítulo inédito!
(Autor
Desconhecido)
Texto adaptado por
Tina Chaves
quarta-feira, 17 de abril de 2013
JEITOSINHA - Cap. XXXI
JEITOSINHA
Capítulo
XXXI
Quem???
Ao mesmo tempo em
que novos mistérios eram tramados na casa de Jeitosinha, no hospital público,
Adenaíra abria os olhos:
- Thiago??? Meu
amor??? É você???
- Adenair...
Adenaíra?
- Pensei que tinha
sido um sonho.
- Estou aqui. Estou te esperando... - A frase brotou sem nenhuma convicção.
- M-me esperando? - Perguntou a nova irmã de Jeitosinha.
- Sim. Você precisa lutar. Precisa superar esta doença. Vou estar ao seu lado.
- Oh, Thiago! Você vai me dar uma chance? – Adenaíra arregalou os olhos e de repente parecia curada.
- Estou aqui. Estou te esperando... - A frase brotou sem nenhuma convicção.
- M-me esperando? - Perguntou a nova irmã de Jeitosinha.
- Sim. Você precisa lutar. Precisa superar esta doença. Vou estar ao seu lado.
- Oh, Thiago! Você vai me dar uma chance? – Adenaíra arregalou os olhos e de repente parecia curada.
Só que não.
- O tempo dirá. Por enquanto, prometo-lhe apenas minha atenção e minha amizade.
- Você não sabe como este simples fio de esperança me deixa feliz! - Disse a moça, já com uma certa luz no rosto pálido pela febre.
- O tempo dirá. Por enquanto, prometo-lhe apenas minha atenção e minha amizade.
- Você não sabe como este simples fio de esperança me deixa feliz! - Disse a moça, já com uma certa luz no rosto pálido pela febre.
Na manhã seguinte,
Arlindo acordou no mesmo sofá onde bebera com Jeitosinha.
- O que aconteceu?
Quem são vocês???
Arlindo estava
cercado por policiais e algemado.
- Eu sabia que
iria desvendar esse mistério!
No comando da
operação, a detetive Vanessa dirigiu-se a ele, mostrando no semblante a
realização pelo dever cumprido.
- Você está preso.
- M-mas... Eu não fiz nada! - Espantou-se o rapaz
- Você está preso.
- M-mas... Eu não fiz nada! - Espantou-se o rapaz
- É o que todos
dizem: “Eu não fiz nada”, “Sou inocente”, “Tenho direito a uma ligação”, “Quero
falar com o meu advogado”. Poupe-nos dessa cena patética por favor!
- Mas... Qual é a
acusação?
- Assassinato!
- Nãoooooooooooo! - O grito de Arlindo ecoou pela sala...
- Assassinato!
- Nãoooooooooooo! - O grito de Arlindo ecoou pela sala...
Quem
morreu?
Você ainda
tem alguns minutos para juntar as peças e entender o plano de Jeitosinha!
Não
perca o próximo capítulo!
(Autor
Desconhecido)
Texto adaptado por
Tina Chaves
Pausa para os comerciais
Pausa
para os comerciais
- O que aconteceu?
Quem são vocês???
- Tiago??? Meu
amor??? É você???
- Eu sabia que
iria desvendar esse mistério!
Quem
será que disse essas frases?
Aguarde,
um novo capítulo de Jeitosinha!
terça-feira, 16 de abril de 2013
Jeitosinha - Cap. XXX
JEITOSINHA
Capítulo
XXX
Diva
Jeitosinha
entregou ao pai uma caneta e um pedaço de papel.
- Assine esta folha.
- Assine esta folha.
- M-mas... está em
branco filha...
- Apenas assine!
- M-mas... Filha... Você sabe que eu não tenho nenhuma posse...
- M-mas... Filha... Você sabe que eu não tenho nenhuma posse...
- Assina logo!
Meio vacilante, Ambrósio escreveu seu nome no papel. A letra trêmula, registrou algo que parecia seu nome.
Meio vacilante, Ambrósio escreveu seu nome no papel. A letra trêmula, registrou algo que parecia seu nome.
- PERFEITO! –
exclamou Jeitosinha
- Estou livre
agora?
- Acho que Sim... - disse a moça, sorrindo sarcasticamente - Tenha bons sonhos... PAPAI!
- Acho que Sim... - disse a moça, sorrindo sarcasticamente - Tenha bons sonhos... PAPAI!
Jeitosinha foi
para seu quarto e esperou pacientemente que todos voltassem para casa. A mãe,
que sempre se envolvia nas atividades da Igreja, voltou de uma novena. Os
irmãos foram chegando, um a um, se amontoando em volta da TV, como sempre
faziam. Normalmente Arlindo, mais arredio, preferia ficar lendo em algum canto
da casa, até que todos se recolhessem. Esta era a hora em que finalmente tinha
a sala só para ele. Com o controle, ele ficava zapeando os canais de TV, tendo
a liberdade de assistir o que quiser.
No silêncio da madrugada, sem nada de muito interessante na programação, Arlindo já estava entediado, pensando em ir para a cama. Então Jeitosinha aproximou-se de Arlindo, vestida como uma Diva do cinema. Usava um longo vestido negro, que exibia seus ombros e expunha parte dos seios, num decote quase pornográfico. O tecido colado em sua pele como um super Bond seco, mostrava cada contorno de sua silhueta, o conjunto seios fartos, 60 de cintura, e 105 de bundinha que deixava qualquer homem sem palavras. A abertura lateral, por onde podia-se ver furtivamente a longa extensão de sua perna esquerda... O par de luvas cobrindo os braços até além do cotovelo... Tudo remetia a inesquecível Gilda.
Arlindo surpreendeu-se com a maturidade da beleza da irmã, que trazia num copo uma dose de uísque on the rocks.
- Sabe, irmão, às vezes a felicidade chega até nós por caminhos estranhos... – disse a diva aproximando-se de Arlindo, deixando-o ainda mais nervoso.
- O que você quer dizer? - espantou-se.
- Quero dizer que encontrei meu verdadeiro eu no bordel de Madame Mary. E devo isso a você.
Levantando o copo como uma forma de brindar o sucesso de encontrar seu próprio eu, Jeitosinha sorveu um gole generoso de uísque e ofereceu o copo ao irmão.
- Beba comigo. Vamos selar com esta dose de uísque a paz entre nós. – ao dizer essas palavras, Jeitosinha sentou-se em uma das pernas de Arlindo. A respiração ofegante de Arlindo deixava clara sua situação, que logo depois foi confirmada quando sentiu que sua bermuda estava ficando apertada demais na região frontal.
Arlindo pegou o copo com desconfiança. Mas a irmã acabara de provar da bebida, descartando a possibilidade de que ela estivesse envenenada.
Extremamente nervoso, ele bebeu todo o líquido do copo, tentando normalizar a situação, devolvendo-o à loira.
No silêncio da madrugada, sem nada de muito interessante na programação, Arlindo já estava entediado, pensando em ir para a cama. Então Jeitosinha aproximou-se de Arlindo, vestida como uma Diva do cinema. Usava um longo vestido negro, que exibia seus ombros e expunha parte dos seios, num decote quase pornográfico. O tecido colado em sua pele como um super Bond seco, mostrava cada contorno de sua silhueta, o conjunto seios fartos, 60 de cintura, e 105 de bundinha que deixava qualquer homem sem palavras. A abertura lateral, por onde podia-se ver furtivamente a longa extensão de sua perna esquerda... O par de luvas cobrindo os braços até além do cotovelo... Tudo remetia a inesquecível Gilda.
Arlindo surpreendeu-se com a maturidade da beleza da irmã, que trazia num copo uma dose de uísque on the rocks.
- Sabe, irmão, às vezes a felicidade chega até nós por caminhos estranhos... – disse a diva aproximando-se de Arlindo, deixando-o ainda mais nervoso.
- O que você quer dizer? - espantou-se.
- Quero dizer que encontrei meu verdadeiro eu no bordel de Madame Mary. E devo isso a você.
Levantando o copo como uma forma de brindar o sucesso de encontrar seu próprio eu, Jeitosinha sorveu um gole generoso de uísque e ofereceu o copo ao irmão.
- Beba comigo. Vamos selar com esta dose de uísque a paz entre nós. – ao dizer essas palavras, Jeitosinha sentou-se em uma das pernas de Arlindo. A respiração ofegante de Arlindo deixava clara sua situação, que logo depois foi confirmada quando sentiu que sua bermuda estava ficando apertada demais na região frontal.
Arlindo pegou o copo com desconfiança. Mas a irmã acabara de provar da bebida, descartando a possibilidade de que ela estivesse envenenada.
Extremamente nervoso, ele bebeu todo o líquido do copo, tentando normalizar a situação, devolvendo-o à loira.
Jeitosinha pegou
uma pedra de gelo e passou provocativamente nos lábios, descendo para o pescoço,
e em seguida para os seios. Arlindo, acompanhou o caminho que o gelo fazia e
Jeitosinha, ainda não satisfeita, debruçou-se sobre Arlindo, alisou sua coxa
direita e, tocando os lábios em seu ouvido esquerdo murmurou:
- Amanhã, irmão querido, todos nós começaremos uma vida nova...
A loira disse esta frase enigmática e se retirou.
- Amanhã, irmão querido, todos nós começaremos uma vida nova...
A loira disse esta frase enigmática e se retirou.
Arlindo ficou sem
se mexer por alguns segundos, ainda sob efeito da sedução que sua própria irmã
acabara de realizar.
O rapaz chegou a
pensar que sua irmã estava tão desequilibrada quanto o pai.
Mas logo voltou a entreter-se com um filme barato de TV, antes de mergulhar em um sono profundo.
Mas logo voltou a entreter-se com um filme barato de TV, antes de mergulhar em um sono profundo.
O que
pretende Jeitosinha???
Aguarde os
novos planos da nossa Diva, em um capítulo inédito!
Somente
aqui!
(Autor
Desconhecido)
Texto adaptado por
Tina Chaves
segunda-feira, 15 de abril de 2013
JEITOSINHA - Cap. XXIX
JEITOSINHA
Capítulo
XXIX
Ele se lembrará?
- Ambrósio, acho melhor você ir
descansar... o dia foi muito cheio. – disse Marilena, tentando aliviar a tensão
naquela sala. Eu vou até a igreja e já volto.
- A gente também tá saindo! Bora Anibal? –
disse Arlindo
- E você Jeitosinha? Eu... vou estudar no
meu quarto.
Em sua casa, sozinho no quarto, Ambrósio
tentava reorganizar suas ideias. “Será que fuii mesmo vítima de Jeitosinha? E
os homens verdes?”
Novas imagens se formaram em sua mente depois do choque diante da detetive Vanessa. Lembrava-se, remotamente, de uma linda menina loira, que ele amava muito. “Sim, talvez fosse Jeitosinha”. Ele começava a se lembrar dela.
Novas imagens se formaram em sua mente depois do choque diante da detetive Vanessa. Lembrava-se, remotamente, de uma linda menina loira, que ele amava muito. “Sim, talvez fosse Jeitosinha”. Ele começava a se lembrar dela.
Mas para preservar sua sanidade, Ambrósio
estava disposto a não associar a filha àquela cena dantesca e simplesmente
esquecer o ocorrido.
Jeitosinha não.
Aproveitando-se do fato de que estavam a sós na casa, a moça entrou no quarto dos pais para conversar com o seu deformado genitor...
- Papai...
- J-jeitosinha? - Ambrósio ainda tinha uma ponta de medo na voz - D-desculpe-me pelas acusações na sala. Minha cabeça não anda boa.
- Engana-se, velho sórdido. Sua cabeça anda melhor do que você pensa.
Ambrósio foi tomado pelo pânico! Aquele sorriso sarcástico e cruel de Jeitosinha o assustava!
Sim, não fora uma fantasia! Jeitosinha o havia mutilado com a moto-serra!
- Não! - Gritou o homem - Me deixe em paz! Socorro!
- Grite... Ninguém lhe ouvirá.
- Não me mate! - implorou, de joelhos, abraçando os pés da loira.
- Eu não seria tão imbecil. Não agora, com aquela detetive intrometida por perto. Mas eu lhe aviso: se repetir aquelas acusações para quem quer que seja, não pensarei duas vezes antes de consumar o serviço que pensei ter finalizado...
- Sim, sim... - disse Ambrósio, patético, entre lágrimas - Serei um túmulo! Mas... Por favor, me ajude... Ainda não sei se estou bem... Me lembro de algumas imagens completamente surreais... Homens verdes e... e...Jeitosinha sorriu maliciosamente, abriu o zíper expôs seu enorme mistério.
Ambrósio deu um salto para trás.
- Sim, Ambrósio. Pelo menos isto é real. Mas que história é essa de homens verdes? Que idiota colocaria estúpidos homens verdes em nossas vidas, tão cotidianas?
O homem sacudiu a cabeça, confuso. Jeitosinha acariciou sua face, fazendo homem se encolher ainda mais.
- Vou deixar-lhe em paz por enquanto. Mas tenho um pedido, papai: você me ajudará no meu próximo plano de vingança...
- Sim, Ambrósio. Pelo menos isto é real. Mas que história é essa de homens verdes? Que idiota colocaria estúpidos homens verdes em nossas vidas, tão cotidianas?
O homem sacudiu a cabeça, confuso. Jeitosinha acariciou sua face, fazendo homem se encolher ainda mais.
- Vou deixar-lhe em paz por enquanto. Mas tenho um pedido, papai: você me ajudará no meu próximo plano de vingança...
Qual será o plano de
JEITOSINHA??? Não perca, amanhã, capítulo inédito!
(Autor
Desconhecido)
Texto adaptado por
Tina Chaves
sexta-feira, 12 de abril de 2013
JEITOSINHA - Cap. XXVIII
JEITOSINHA
Capítulo XXVIII
Lembranças
-
É mentira! - Gritou Jeitosinha diante da acusação.
- Cale-se! Deixe o homem concluir seu relato! - disse a detetive. E voltando-se
para Ambrósio:
- Diga, senhor... Ela fez isso com você. E depois?
- Diga, senhor... Ela fez isso com você. E depois?
-
Sim, estou me lembrando. Ela apareceu, nua, violenta... depois... depois...
-
Depois o que? Diga, por mais estranho que pareça! – Vanessa estava quase tendo
um orgasmo de excitação. – podemos juntar as peças e achar respostas!
-
Doutor... Quais as chances? - perguntou o angustiado rapaz. – Diga-me tudo, não
me esconda nada!
-
Adenaíra contraiu uma gravíssima infecção hospitalar... Sua situação é
complicada. Ela pode simplesmente se entregar à doença e as chances serão
mínimas. Mas se ela se apegar a algo que a faça querer viver, e se o
antibiótico em estoque não for de Maizena, talvez ela tenha alguma chance.
- É uma pena... Gostaria de poder ajudar.
- Você pode! - disse o médico - Ela o ama! Dê-lhe esperanças!
Thiago ficou pensativo, continuava perdidamente apaixonado por Jeitosinha. E o que é pior: por Jeitosinha completa, versão de fábrica. "Se Adenair soubesse que seu sacrifício ao realizar a cirurgia apenas aumentou o abismo entre nós...", refletiu. Mas por outro lado, tentar salvar uma vida era motivação suficiente para fazê-lo recuperar o amor pela sua própria
existência, depois da grande desilusão de encontrar a amada trabalhando num bordel. Via a situação como algo maior que uma simples coincidência de estarem juntos num mesmo ambulatório. Havia algum sentido em tudo isso...
- Tudo bem, doutor. Eu vou ajudar! - concluiu, conformado com aquele jogo do destino.
- É uma pena... Gostaria de poder ajudar.
- Você pode! - disse o médico - Ela o ama! Dê-lhe esperanças!
Thiago ficou pensativo, continuava perdidamente apaixonado por Jeitosinha. E o que é pior: por Jeitosinha completa, versão de fábrica. "Se Adenair soubesse que seu sacrifício ao realizar a cirurgia apenas aumentou o abismo entre nós...", refletiu. Mas por outro lado, tentar salvar uma vida era motivação suficiente para fazê-lo recuperar o amor pela sua própria
existência, depois da grande desilusão de encontrar a amada trabalhando num bordel. Via a situação como algo maior que uma simples coincidência de estarem juntos num mesmo ambulatório. Havia algum sentido em tudo isso...
- Tudo bem, doutor. Eu vou ajudar! - concluiu, conformado com aquele jogo do destino.
Enquanto
isso Ambrósio continuava seu relato:
- Depois... depois homens verdes, numa nave espacial, me trouxeram de volta à vida! Foi isso!
A policial sorriu, constrangida, e abraçou o fragilizado Ambrósio.
- Homens verdes? É uma alucinação, sem dúvida... Por hoje é só. Mas me aguardem. Vou continuar as investigações.
Jeitosinha sentiu-se mais leve. Marilena e Arlindo olharam para o pai e para a loira, com expressões indecifráveis.
- Depois... depois homens verdes, numa nave espacial, me trouxeram de volta à vida! Foi isso!
A policial sorriu, constrangida, e abraçou o fragilizado Ambrósio.
- Homens verdes? É uma alucinação, sem dúvida... Por hoje é só. Mas me aguardem. Vou continuar as investigações.
Jeitosinha sentiu-se mais leve. Marilena e Arlindo olharam para o pai e para a loira, com expressões indecifráveis.
Será que Ambrósio irá insistir na sua história maluca?
E a família de Jeitosinha? Irá acreditar?
Confira amanhã, em um capítulo inédito!
(Autor Desconhecido)
Texto
adaptado por Tina Chaves
quinta-feira, 11 de abril de 2013
JEITOSINHA - Cap. XXVII
JEITOSINHA
Capítulo XXVII
O Futuro de duas irmãs
A
detetive Vanessa entrou e sentou-se no sofá que outrora estivera coberto pelo
sangue de Ambrósio. Acendeu um cigarro e cruzou lentamente as pernas,
numa cena que lembrava Sharon Stone em "Instinto Selvagem".
- Creio que você chegou tarde... - apressou-se em explicar Marilena - Meu marido já voltou.
- Ele é o Ambrósio? - Espantou-se Vanessa, sem conseguir esconder sua expressão de asco - E o que ou quem fez isso a ele?
- Ainda não sabemos - disse Arlindo.
- Com certeza foi algum acidente... - emendou Jeitosinha, um pouco nervosa.
A experiente Vanessa percebeu o ambiente pesado do lar. "Aqui, com certeza, se escondem grandes segredos", pensou. Fascinada por seu
ofício, naquele momento a bela detetive soube que não teria sossego enquanto não desvendasse cada detalhe do que já chamava de "Caso
Ambrósio".
- Conte-me, meu bom homem. Quem lhe feriu?
Ambrósio tremeu à simples lembrança de fragmentos da cena, que ele sequer conseguia verbalizar.
- N-não me lembro. Não quero saber. Eu estou bem.
A mulher tocou Ambrósio carinhosamente.
- Procure se lembrar... Estas marcas... Foi, sem dúvida, uma arma cortante. Talvez uma lâmina grossa... Uma serra...
- Não! - Ambrósio enconlheu-se, em pânico, protegendo a cabeça com as mãos...
Jeitosinha sentiu um arrepio na espinha. E se o pai recobrasse a memória?
A detetive Vanessa continuou seu trabalho. - Procure se lembrar... Uma pessoa, uma imagem...
Ambrósio subitamente silenciou-se. Com os olhos fixos na linda policial exclamou baixinho:
- Sim... Eu me lembro de algo. Sim!
- O que? O que? - A excitação de Vanessa era quase sexual.
- Foi ela! Foi ela! - gritou, apontando para Jeitosinha.
numa cena que lembrava Sharon Stone em "Instinto Selvagem".
- Creio que você chegou tarde... - apressou-se em explicar Marilena - Meu marido já voltou.
- Ele é o Ambrósio? - Espantou-se Vanessa, sem conseguir esconder sua expressão de asco - E o que ou quem fez isso a ele?
- Ainda não sabemos - disse Arlindo.
- Com certeza foi algum acidente... - emendou Jeitosinha, um pouco nervosa.
A experiente Vanessa percebeu o ambiente pesado do lar. "Aqui, com certeza, se escondem grandes segredos", pensou. Fascinada por seu
ofício, naquele momento a bela detetive soube que não teria sossego enquanto não desvendasse cada detalhe do que já chamava de "Caso
Ambrósio".
- Conte-me, meu bom homem. Quem lhe feriu?
Ambrósio tremeu à simples lembrança de fragmentos da cena, que ele sequer conseguia verbalizar.
- N-não me lembro. Não quero saber. Eu estou bem.
A mulher tocou Ambrósio carinhosamente.
- Procure se lembrar... Estas marcas... Foi, sem dúvida, uma arma cortante. Talvez uma lâmina grossa... Uma serra...
- Não! - Ambrósio enconlheu-se, em pânico, protegendo a cabeça com as mãos...
Jeitosinha sentiu um arrepio na espinha. E se o pai recobrasse a memória?
A detetive Vanessa continuou seu trabalho. - Procure se lembrar... Uma pessoa, uma imagem...
Ambrósio subitamente silenciou-se. Com os olhos fixos na linda policial exclamou baixinho:
- Sim... Eu me lembro de algo. Sim!
- O que? O que? - A excitação de Vanessa era quase sexual.
- Foi ela! Foi ela! - gritou, apontando para Jeitosinha.
E
todos voltaram-se para encarar Jeitosinha.
Enquanto
isso Adenaíra agonizava em seu leito
Thiago,
chocado com seu estado, recordava as lembranças do ex-cunhado: “O Adenair que
conheci era tão alegre, tão saltitante... Assim, adormecido e com esta touca, é
incrível a semelhança com Jeitosinha", pensou. Adenaíra abriu os olhos e
viu Thiago, ao seu lado, com as bandagens envolvendo a cabeça.
- O que houve, meu amor? - balbuciou.
- Nada, não se preocupe. Caí da escada - mentiu o rapaz, numa tentativa de minimizar o sofrimento daquela recém mulher.
- E-eu... f-fiz isso por você, Thiago. Fiz por amor...
Os olhos de Adenaíra voltaram a se fechar.
- Doutor... Quais as chances? - perguntou o angustiado rapaz.
- O que houve, meu amor? - balbuciou.
- Nada, não se preocupe. Caí da escada - mentiu o rapaz, numa tentativa de minimizar o sofrimento daquela recém mulher.
- E-eu... f-fiz isso por você, Thiago. Fiz por amor...
Os olhos de Adenaíra voltaram a se fechar.
- Doutor... Quais as chances? - perguntou o angustiado rapaz.
E agora? Será que o segredo de Jeitosinha será revelado?
E o que acontecerá com Adenaíra?
Confira amanhã, em um capítulo inédito!
quarta-feira, 10 de abril de 2013
JEITOSINHA - Cap. XXVI
JEITOSINHA
Capítulo XXVI
-
Estou na paraíso! Só pode ser!
Thiago
não conseguia se mover diante daquilo que julgava ser o melhor lugar que existe.
A
imagem foi se afastando e Thiago sentiu uma dor forte no peito, ao mesmo tempo
que seu coração parecia parar de bater.
Viu
então a imagem de um homem de roupa alva, parado ao seu lado.
-
Anjo Gabriel?
O
homem sorriu.
De
repente Thiago sentiu uma cutucada – AI!
Seu
delírio foi interrompido pela penetração contundente, dolorida e firme de uma
agulha de injeção.
O
homem de roupa alva, que estava ao lado da cama onde o jovem estava deitado,
respondeu:
- Você nasceu de novo, filho. A bala acertou de raspão a sua fronte.
- O-onde estou?
- No ambulatório de um hospital público.
Thiago percorreu o lugar com os olhos, sua visão embaçada, não o permitia ver exatamente o local. Fixou o olhar e não acreditou no que viu: com uma touca cobrindo os cabelos, adormecida na cama ao lado, encontrava-se ninguém menos que sua amada.
- Jeitosinha! - Exclamou. Mais uma vez Thiago imaginou que estava morto, como Jeitosinha estaria ali ao seu lado, seu grande amor, tudo o que ele mais sonhou na vida era tê-la novamente em seus braços, para viverem juntos por toda a eternidade e agora ela estava ali, ao lado. Tentou se mexer, mas o médico o impediu dizendo:
- Só se for nome de guerra... Ele chegou aqui como Adenair e agora é Adenaíra...
- Adenaíra? - espantou-se.
- Sim... Ele submeteu-se ontem a uma cirurgia para mudança de sexo. Mas talvez nunca aproveite sua nova anatomia...
- Porque doutor? Porque doutor?
O homem tomou um longo fôlego antes de explicar a Thiago o drama do ex-irmão, agora irmã, de Jeitosinha.
- Você nasceu de novo, filho. A bala acertou de raspão a sua fronte.
- O-onde estou?
- No ambulatório de um hospital público.
Thiago percorreu o lugar com os olhos, sua visão embaçada, não o permitia ver exatamente o local. Fixou o olhar e não acreditou no que viu: com uma touca cobrindo os cabelos, adormecida na cama ao lado, encontrava-se ninguém menos que sua amada.
- Jeitosinha! - Exclamou. Mais uma vez Thiago imaginou que estava morto, como Jeitosinha estaria ali ao seu lado, seu grande amor, tudo o que ele mais sonhou na vida era tê-la novamente em seus braços, para viverem juntos por toda a eternidade e agora ela estava ali, ao lado. Tentou se mexer, mas o médico o impediu dizendo:
- Só se for nome de guerra... Ele chegou aqui como Adenair e agora é Adenaíra...
- Adenaíra? - espantou-se.
- Sim... Ele submeteu-se ontem a uma cirurgia para mudança de sexo. Mas talvez nunca aproveite sua nova anatomia...
- Porque doutor? Porque doutor?
O homem tomou um longo fôlego antes de explicar a Thiago o drama do ex-irmão, agora irmã, de Jeitosinha.
Gente, já pensou isso no cinema, com a Cameron Diaz de Jeitosinha?
Mais emoções e podridão amanhã, em um capítulo inédito!
Mais emoções e podridão amanhã, em um capítulo inédito!
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Tina Chaves
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