Capítulo XXII
A volta de Ambrósio
Marilena acordou em sua cama, com uma sensação estranha, uma mistura de medo, surpresa, nojo.
Levantou-se meio tonta, colocando a mão na cabeça, sentindo
um leve desconforto.
Caminhando até a cozinha viu Aníbal lavando um copo.
Anibal é um dos filhos menos
importantes, daqueles que só fazem figuração na trama.
- Anibal... Que sonho horrível... Pensei que seu pai...
- Não foi um sonho, mamãe. Ele voltou! A mulher gritou em total desespero:
- Não pode ser! Não pode ser!
O filho estranhou a reação. Alheio aos problemas que infernizavam a vida de Marilena, Jeitosinha e Adenair (ou Adenaíra, sei lá), sem saber que Ambrósio era a causa de muito sofrimento, esperava da mãe uma manifestação de alegria.
- Mãe... Você não entende? O papai voltou! Meio caidaço, é verdade, mas está vivo! Você deveria estar feliz!
- Anibal... Que sonho horrível... Pensei que seu pai...
- Não foi um sonho, mamãe. Ele voltou! A mulher gritou em total desespero:
- Não pode ser! Não pode ser!
O filho estranhou a reação. Alheio aos problemas que infernizavam a vida de Marilena, Jeitosinha e Adenair (ou Adenaíra, sei lá), sem saber que Ambrósio era a causa de muito sofrimento, esperava da mãe uma manifestação de alegria.
- Mãe... Você não entende? O papai voltou! Meio caidaço, é verdade, mas está vivo! Você deveria estar feliz!
A mulher esboçou um sorriso forçado:
- Sim, meu amor. Claro. Foi só o susto. Claro que estou feliz.
Neste instante, já de banhozinho tomado e vestindo um velho e confortável pijama, Ambrósio entra.
- Marilena...
- É você mesmo, Ambrósio? - perguntou a mulher.
- Estou tão deformado assim? Claro que sou eu!
Ambrósio não tinha na voz a rispidez habitual. Parecia fragilizado. Sua fala era pastosa. Um canto da boca não se mexia e um fio permanente de baba escorria rumo ao pescoço.
- O que aconteceu com você?
- Não me lembro. Não consigo me lembrar de muita coisa. Vaguei pelas redondezas e aos poucos as memórias foram voltando... Nossa casa, você, nossos filhos...
- Sim, meu amor. Claro. Foi só o susto. Claro que estou feliz.
Neste instante, já de banhozinho tomado e vestindo um velho e confortável pijama, Ambrósio entra.
- Marilena...
- É você mesmo, Ambrósio? - perguntou a mulher.
- Estou tão deformado assim? Claro que sou eu!
Ambrósio não tinha na voz a rispidez habitual. Parecia fragilizado. Sua fala era pastosa. Um canto da boca não se mexia e um fio permanente de baba escorria rumo ao pescoço.
- O que aconteceu com você?
- Não me lembro. Não consigo me lembrar de muita coisa. Vaguei pelas redondezas e aos poucos as memórias foram voltando... Nossa casa, você, nossos filhos...
- E sobre o acidente que o mutilou?
- Acidente? Então foi um acidente? Eu não me lembro de nada. Só vejo uma cena estranha... Assustadora e irreal. Não quero falar sobre isso.
Os olhos do homem transmitiam o pavor que lhe causava a simples menção da cena. A imagem que vinha à sua cabeça era a do travesti, loiro e nu, seu órgão masculino ativado pelo prazer em contraste com os belos seios para os quais Ambrósio olhava fixamente. O som da serra elétrica roubando sua atenção e de repente a visão manchada pelo vermelho de seu próprio sangue.
- Acidente? Então foi um acidente? Eu não me lembro de nada. Só vejo uma cena estranha... Assustadora e irreal. Não quero falar sobre isso.
Os olhos do homem transmitiam o pavor que lhe causava a simples menção da cena. A imagem que vinha à sua cabeça era a do travesti, loiro e nu, seu órgão masculino ativado pelo prazer em contraste com os belos seios para os quais Ambrósio olhava fixamente. O som da serra elétrica roubando sua atenção e de repente a visão manchada pelo vermelho de seu próprio sangue.
- Ambrósio? Ambrósio?
- Ãh?
- Acorda homem.
- Olha mãe a Jeitosinha chegou! – gritou Anibal
- Jeitosinha? – espantou-se Ambrósio
Qual será a reação de Ambrósio?
Confira no próximo capítulo de JEITOSINHA!
(Autor Desconhecido)
E então... algum palpite sobre a continuação da trama?
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